Entrevistando o professor de economia japonês, Itiro Kubota, convidado pela imprensa esloboviana.
Entrevistadora:
Mikala Kusnetzoff Herzog.
O que o senhor pensa sobra a atual situação da ordem mundial, a crise nos continentes, os imigrantes na Europa, a política na Alemanha, Suíça, França, o terrorismo, as guerras, a América do Sul, o Brasil… Enfim, este caminhar da humanidade?
Itiro Kubota responde:
Quase todas as crises são inventadas.
É assim desde os tempos dos faraós.
Dinheiro existe, porque o dinheiro que o povo usa é este papel moeda que você tem ou não tem na carteira.
Os poderosos usam outro tipo de “moeda”, suas transações estão garantidas numa espécie de “nuvem de ações, títulos e cifras eletrônicas que existem fora de territórios nacionais.
Não estão exatamente nem nas Ilhas Cayman, nem na Suíça; estão no sistema de opressão.
A Minoria Próspera e a Multidão Inquieta, de Noam Chomsky, é uma boa obra para se compreender tais questões.
Se você tem a senha, e, portanto, faz parte do “Clube” você pode entrar, senão… Não chega nem perto.
A crise mundial é, portanto, uma farsa. Todas as crises são inventadas e manipuladas… A finalidade é manter o poder, a ordem vigente.
Nos tempos dos faraós, gerações viveram sob o açoite e o calor escaldante para construir os grandes monumentos conhecidos como pirâmides, e todos os outros monumentos.
Filhos de escravos, pais futuros de escravos, avós futuros de escravos…
Gerações que sofreram por centenas de anos em prol de uma minoria, nunca viram nenhuma perspectiva de mudança, tudo graças ao acreditar numa ideologia. Vide a escravização dos negros na África, dos aborígenes australianos.
Assim como se inventou castas na Índia, o ser humano tem feito invenções ideológicas sobre a supremacia de alguns grupos sobre outros ao longo de épocas sem fim.
Inúmeros australianos, inclusive crianças, foram envenenados porque não eram exatamente humanos, não tinham “alma”. Os colonizadores davam doces envenenados para as crianças.
Assim como os recém-nascidos em Roma não eram ainda exatamente humanos e poderiam ser “expostos”.
Exposição era uma prática romana, ou seja, se uma mãe por algum motivo, não quisesse aquela criança poderia deixá-la à mercê dos eventos, e os “deuses” decidiriam… Ou alguém pegava, ou eram comidas por animais, ou morriam de inanição e sede. Não havia nenhum problema de consciência porque o código daquela sociedade era baseado nesta crença sobre os recém-nascidos.
Pensemos na crise mundial…
Pense, quanto dinheiro tem depositado nos bancos mundiais, em todos eles?
Em quase todos os lugares… Supondo que você possa sacar uma quantia alta você terá que avisar com antecedência, não é?
Será deslocado o valor até aquele ponto, cifras que se convertem em papéis moeda.
Pensem nos oceanos e nas ondas, uma onda não sai da costa da África e viaja até o Brasil.
O oceano é como uma gelatina gigantesca, quando aquilo treme estas vibrações criam ondas na superfície, uma pressão excessiva num ponto gera uma repercussão forte no sistema e você tem uma onda que se eleva…
Não se trata de uma onda que viaja longas extensões, são picos e vales que se formam de acordo com a gravitação e tensões que incidem sobre o mar, terremotos, por exemplo, geram tsunamis, como bem sabe o meu povo.
O dinheiro do mundo é como esta gelatina, só que se trata de uma convenção abstrata que paira numa nuvem eletrônica de títulos. De acordo com as tensões são gerados interesses (picos e vales).
Imagine que alguém cometa um erro ao teclar no sistema o valor da tua conta bancária e… Coloque mais 9 zeros, ao lado de dez mil, vejamos, 10.000 + 000000000 = 10.000.000.000.000, ou seja dez trilhões, por causa de um erro, você se tornaria trilionário com uma única “canetada”, ou “digitada”.
Suponha ainda, que por alguma razão, este local onde tal erro tivesse sido cometido fosse varrido do mapa por uma catástrofe natural e você não estivesse lá; estivesse viajando e tivesse detectado a enorme quantia através de um comprovante, o extrato bancário.
Bem, digamos que um meteorito desabou ali na agência onde a funcionária cometeu o erro e destruiu tudo…
Matou as pessoas daquela agência, mas, antes disto, a informação foi lançada no sistema, na nuvem.
Sobra a informação no sistema; se o sistema diz que você está morto, mesmo que você esteja vivo, você terá que provar que está vivo, porque isto talvez interesse a você.
Agora o problema é outro, o sistema tem que provar que você não tinha aquele valor na tua conta.
Claro que ele acabará conseguindo, simplesmente porque você não faz parte do clube, se fizesse… Tudo bem.
É assim que da noite para o dia, pessoas se tornam milionárias, ou bilionárias, sempre que estão nas graças dos ditadores. Os ditadores estão sempre riquíssimos. Os que estão nas graças conseguem enriquecer suas famílias e familiares em poucos anos. Para uma pessoa do povo conseguir tal fortuna em pouco tempo é impossível, mas, se você pertencer a uma oligarquia (governo de poucos) ou estiver nas graças de uma… Oligarquias ameaçadas são o que sempre mais se observa durante as grandes crises… Ou seja, se os poucos que sempre controlam as finanças mundiais permitem uma deterioração maciça dos cuidados para com o povo pode haver uma rebelião e isto ameaça os poderosos, então, os poderosos criam uma crise para mostrar ao povo que o regime de escravidão ainda assim é um bom negócio pois, pelo menos, você tinha, pão e circo de vez em quando.
Ou seja, quando uma bolsa de valores muda, ou um câmbio de moedas, ou ações… Você pode ficar muito mais pobre ou muito mais rico. Agora, se é você quem dá as canetadas porque faz parte do seleto clube, então você é como um jogador privilegiado de pôquer, um jogador que sabe o que os outros têm na mão… Na verdade, mais do que isto, você pode alterar o valor das cartas que eles têm nas mãos.
Se você paga “x” pelo imposto de renda, ou se teu salário é “y”, com uma só canetada o Faraó (Imperador, rei, gestor, todos são ditadores no sentido em que ditam as regras)… Pode arruinar você ou colocar você na nuvem privilegiada. É como o polegar dos imperadores romanos nas arenas, se estiver para cima você vive, se estiver para baixo você morre. Simples assim.
Os que fazem parte de um clube podem votar e decidir sobre os próprios salários; assim, eu acho que mereço ganhar mais 5 mil, além dos 15 mil… Assinarei um documento autorizando o meu aumento… Pronto, agora receberei 20.000. Simples… Acrescentei mais 5 mil x 12 meses, mais 60 mil ao ano. De onde vem este dinheiro? Ele não é criado, ele existe na nuvem, poderia pertencer a você, mas você não faz parte do clube.
Assim, se o grupo do poder acha que o teu trabalho ou imposto sobre a tua renda deve valer “x”, é isto que você irá receber ou ter descontado. Para tanto criam mitos, as ideologias, as mais diversas “explicações”, totalmente mentirosas, que variam com o lugar, o tempo e as crenças de cada povo.
Enfim, o ser humano, o maior predador do planeta, é também o criador de abstrações que escravizam os semelhantes. Tais abstrações são as ideologias, que passam por religiões e sistemas políticos.
A criação de certos heróis, como Tarzan, mexe com nosso desejo e, quem sabe, com memórias muito remotas, dos tempos do caçador-coletor.
Em todas estas regras há algo que incomoda o nosso mais antigo ancestral, que talvez esteja vivo em algum resquício de DNA dentro de cada um de nós.
Em algum lugar do passado nós não tínhamos deuses, nem imperadores, apenas sobrevivíamos… Então a história começou e parece ser irreversível.
Entretanto, ter esta consciência viva pode nos levar a entender o caminhar da humanidade e fenômenos como a anomia, o terrorismo e a dissonância cognitiva.
E, se você disser… “Alto lá Mr. Kubota, não é bem assim, você está sendo ingênuo, isto que você diz é improvável ou impossível”…
Eu responderei: “o peixe não sabe que o meio dele é molhado, este é o papel de uma ideologia não consciente. Cada um de nós faz parte deste sistema e está imerso no sistema”.
Nossas crenças atuais, refiro-me às crenças do “homo sapiens” atual, são nossas guias de pensamento e conduta. Sempre foi assim e continuará sendo.
Talvez agora algumas metáforas possam ser revistas, como a aplicação no atual momento da obra de G. Orwell, a Revolução dos Bichos, nós somos os bichos, e, portanto, os porcos estão entre nós.
Sobrevivam (água e comida)… Respirar e se exercitar sempre será um bom negócio.
Lembrem-se, a espécie humana é hábil em simular. A simulação é uma das nossas maiores capacidades, e este processo tanto criou o conhecimento científico quanto é a base de todas as mentiras, assim como o fogo que é usado para cozinhar alimentos ou alguém.
Abraços
Itiro Kubota