Textos básicos para crise em casos de suicídio

images-aTextos básicos para crise em casos de suicídio.

 (New – Vide Manual da OMS p/ prevenção – Genebra)

Veja também: posição do terapeuta e algoritmo.

 Prof. Celso Lugão da Veiga (Em 07 de outubro de 2007).

Na obra de Joel Bergman, Pescando barracudas – a pragmática da terapia sistêmica breve, Ed. Artes Médicas, 1996 (publicada originalmente em inglês em 1985), no .. capítulo 7 – Mantendo-se à tona em águas perigosas … Há uma sessão intitulada… O ritual de vigilância do suicídio (p. 132). Este capítulo é fundamental p/ o contrato a ser estabelecido se possível na primeira sessão, ou assim que haja uma manifestação do cliente em relação ao tema do suicídio.

 

  • Neste capítulo, Joel Bergman fala sobre como lidar com a ansiedade em relação a certos casos clínicos. Na 1ª parte o tema é o suicídio e as indicações são claras:

1- Há uma função sistêmica p/ equilibrar a família.

2- Há uma mensagem como em todo sintoma.

3- Há uma manobra para travar as mudanças, isto inclui a terapia.

200242604-001

 

 


  • Frank Dattilio e Arthur FreemanEstratégias cognitivo-comportamentais p/ intervenção em crises é outra fonte de referência, não apenas o capítulo 4 , escrito por Mark Reinecke sobre Suicídio e depressão… Será ótimo se vocês puderem ler a introdução e o resto da obra em dois volumes.
  • Susana Kuras de Mauer e Silvia Resnizky. Acompanhantes terapêuticos e pacientes psicóticos. Ed. Papirus. 1987 (original de 1985).

Cap.1 Contra a enfermidade como delito

Cap.4 A família do psicótico

Cap.7 Depressão e suicídio

  • Jay Haley. Aprendendo e ensinando terapia, ARTMED,1998, (original de 1996) Capítulo 7– Questões polêmicas. Trata de ameaças de suicídio, violência na sala de terapia, falsas memórias, religião, etc.

j“É ao mesmo tempo perigoso e antiterapêutico um terapeuta sentir-se responsável ou tornar-se responsável por um paciente quando é feita uma ameaça de suicídio enquanto o paciente está em tratamento” (Bergman, op. cit., p. 130).  

 

 

New –  Enriquecendo mais um pouco este texto e respondendo a algumas perguntas sobre a interpretação de J. Zeig sobre a obra de Milton Erickson, colei abaixo uma correspondência, no intuito de esclarecer certos aspectos deste referencial denominado O Diamante de Erickson.

 Posição do Terapeuta
Para J. Zeig, a posição do terapeuta pode influenciar mais do que as técnicas no resultado do tratamento, esta idéia ele extraiu da própria maneira de pensar de Milton Erickson. Cada terapeuta tem uma forma, um estilo pessoal de trabalhar. Isto porque cada um tem um tipo de lente, coração, músculos e chapéu. Para melhor compreensão destes aspectos, observem as considerações abaixo.

Lente
Refere-se à percepção do terapeuta. Como o terapeuta percebe o mundo, a si mesmo, o seu paciente e os sintomas que ele traz.

Coração
Representam as emoções do terapeuta. Que tipos de emoções o terapeuta traz consigo? Como estabelece relações afetivas com seus familiares, amigos e clientes?

Músculos
Simbolizam a força, os recursos que o terapeuta tem (referenciais epistemológicos, técnicas, padrões de ação).

Chapéu
Está relacionado às relações sociais do terapeuta. As experiências sociais por que passou, o conhecimento das diversas culturas, como reaje e lida com as diversas situações que podem surgir numa relação interpessoal.

Posição do Cliente
Idem a do terapeuta, entretanto, relacionadas ao cliente

Objetivo
O objetivo se refere ao outcome, ao que se define como meta. A terapia pode ter vários objetivos. Na terapia ericksoniana, há alguns objetivos genéricos que são os dois Rs – responsividade e recursos. Incluem oferecer novas informações e recusos ao paciente, que antes não estavam à sua disposição. Cabe ressaltar os três Ms da terapia de Milton Erickson – motivar, metaforizar e mover.

Embrulhar para Presente (Gift Wrapping)
Este método de empacotar, de embrulhar para presente, pode se dar através das várias técnicas disponíveis ao terapeuta (uma metáfora, uma confrontação de crenças disfuncionais, ressignificação, interpretação…).

Tailoring-  fazer sob medida
O terapeuta deve avaliar e decidir como fazer a terapia sob medida para o cliente levando em consideração sua história de vida, as categorias intrapsíquicas em que se enquadra e outros aspectos.

Processamento
O terapeuta deve responder à seguinte pergunta: “Como vou dar e apresentar a terapia sob medida e embrulhada para presente?” A partir de então ele formulará o processo terapêutico, escolhendo as intervenções a serem feitas e como serem feitas a fim de se alcançar o(s) objetivo(s) proposto(s)
 
 
Origem: Wikipédia
Um algoritmo é uma sequência não ambígua de instruções <http://pt.wikipedia.org/wiki/Instru%C3%A7%C3%A3o>  que é executada até que determinada condição se verifique. Mais especificamente, em matemática <http://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica> , constitui o conjunto de processos (e símbolos <http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADmbolo>  que os representam) para efectuar um cálculo <http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lculo> .

O conceito de algoritmo é freqüentemente ilustrado pelo exemplo de uma receita <http://pt.wikipedia.org/wiki/Receita> , embora muitos algoritmos sejam mais complexos. Eles podem repetir passos (fazer interações <http://pt.wikipedia.org/wiki/Itera%C3%A7%C3%A3o> ) ou necessitar de decisões (tais como comparações ou lógica <http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica> ) até que a tarefa seja completada. Um algoritmo corretamente executado não irá resolver um problema se estiver implementado incorretamente ou se não for apropriado ao problema.

 

 

 

 

Um algoritmo não representa, necessariamente, um programa de computador <http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_de_computador> , e sim os passos necessários para realizar uma tarefa. Sua implementação pode ser feita por um computador <http://pt.wikipedia.org/wiki/Computador> , por outro tipo de autômato <http://pt.wikipedia.org/wiki/Aut%C3%B4mato>  ou mesmo por um ser humano. Diferentes algoritmos podem realizar a mesma tarefa usando um conjunto diferenciado de instruções em mais ou menos tempo, espaço ou esforço do que outros. Tal diferença pode ser reflexo da complexidade computacional <http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexidade_computacional>  aplicada, que depende de estruturas de dados <http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura>  adequadas ao algoritmo. Por exemplo, um algoritmo para se vestir pode especificar que você vista primeiro as meias e os sapatos antes de vestir a calça enquanto outro algoritmo especifica que você deve primeiro vestir a calça e depois as meias e os sapatos. Fica claro que o primeiro algoritmo é mais difícil de executar que o segundo apesar de ambos levarem ao mesmo resultado. Se isto for aplicado na terapia… Vocês terão Erickson atuando… Por exemplo…

A auto-estima e a motivação são processos complexos; se deve pensar como chegar e/ou ativar os mesmos. Imaginem alguém transando e tentando no ato sexual avaliar a sua auto-estima (???!!!) Impossível! Mas se você prestar atenção ao carinho, ao contato, então ativa e satisfaz a auto-estima. Partimos do sensorial para o sentimento e deste para o pensamento, é a ordem evolutiva dos acontecimentos. Fica mais fácil para processar, vestir as calças antes dos sapatos!

Sobre algoritmo

O conceito de um algoritmo foi formalizado em 1936 <http://pt.wikipedia.org/wiki/1936>  pela Máquina de Turing <http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quina_de_Turing>  de Alan Turing <http://pt.wikipedia.org/wiki/Alan_Turing>  e pelo cálculo lambda <http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lculo_lambda>  de Alonzo Church <http://pt.wikipedia.org/wiki/Alonzo_Church> , que formaram as primeiras fundações da Ciência da Computação <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_da_Computa%C3%A7%C3%A3o> .

 

E por aí vai o texto.
Na obra citada de Daniel Dennet o termo é empregado na biologia evolucionista (Darwin) e eu escrevi um texto, que estou revendo, empregando-o na psicoterapia.
Lembrem-se de treinar a indução: a formulação de recursos(resiliência), com a coerência cardíaca, e com as características/valores que as pessoas apreciam. Sempre com suavidade e gentileza pensando em como gostariam de ser tratados ou como gostariam que fossem tratadas as pessoas que vcs gostam.
 

 

 

1 

PREVENÇÃO DO SUICÍDIO: 

UM MANUAL PARA PROFISSIONAIS DA 

SAÚDE EM 

ATENÇÃO PRIMÁRIA 

TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS 

DEPARTAMENTO DE SAÚDE MENTAL 

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 

GENEBRA 

2000 

Este documento pertence a uma série de recursos 

destinados a grupos sociais e profissionais específicos, 

especialmente relevantes para a prevenção do suicídio. 

Ele foi preparado como parte do SUPRE, a iniciação 

mundial da OMS para a prevenção do suicídio. 

Palavras-chave:suicídio/prevenção/recursos/ 

profissionais da atenção primária.

2 

SUMÁRIO 

Prefácio …………………………………………………………………………………………………….iv 

Suicídio – a dimensão do problema ………………………………………………………………1 

Por que o enfoque na equipe de atenção primária? …………………………………………2 

Suicídio e doenças mentais ………………………………………………………………………….2 

Doenças físicas e suicídio ……………………………………………………………………………6 

Suicídio – Fatores sociodemográficos e ambientais ………………………………………..8 

O estado mental e o suicídio ………………………………………………………………………..10 

Como abordar a pessoa sob risco de suicídio ……………………………………………….11 

Suicídio – fato ou ficção ……………………………………………………………………………..13 

Como identificar uma pessoa com risco de suicídio………………………………………..14 

Como abordar o paciente ……………………………………………………………………………15 

Como lidar com o paciente ………………………………………………………………………….16 

Encaminhando o paciente com risco de suicídio  ……………………………………………18 

Recursos da comunidade…………………………………………………………………………….19 

O que fazer e o que não fazer ……………………………………………………………………..20 

Conclusão ………………………………………………………………………………………………..21

3 

Prefácio 

O suicídio é um fenômeno complexo que tem atraído a atenção de filósofos, 

teólogos, médicos, sociólogos e artistas através dos séculos; de acordo com um 

filósofo francês Albert Camus, em O Mito de Sísifo, esta é a única séria questão 

filosófica. 

Como um sério problema de saúde pública, este demanda nossa atenção, 

mas sua prevenção e controle, infelizmente, não são uma tarefa fácil. As melhores 

pesquisas indicam que a prevenção do suicídio, enquanto factível, envolve uma 

série completa de atividades, abrangendo desde a provisão das melhores 

condições possíveis para congregar nossas crianças e jovens através de um 

tratamento efetivo dos distúrbios mentais até um controle ambiental dos fatores de 

risco. Elementos essenciais para os programas prevenção do suicídio são o 

aumento da percepção e a disseminação de informação apropriada. Em 1999 a 

OMS lançou o SUPRE, sua iniciativa mundial para a prevenção do suicídio. Este 

livreto é um de uma série de fontes preparadas como parte do SUPRE e destinado 

a grupos profissionais e sociais particularmente relevantes na prevenção do 

suicídio. Isto representa um elo numa longa e diversificada corrente envolvendo um 

largo espectro de pessoas e grupos, incluindo profissionais de saúde, educadores, 

agentes sociais, governantes, legisladores, comunicadores sociais, forças da lei, 

famílias e comunidades. 

     Somos especialmente devedores à Dra. Lakshimi Vijayakumar, SNEHA, 

Chennai, Índia, que preparou uma versão preliminar desse livreto. O texto foi 

posteriormente revisado pelos seguintes membros da Rede Internacional de 

Prevenção ao Suicídio da OMS, aos quais somos gratos: 

Dr. ivind Ekeberg, Ullevål Hospital, Universidade def Oslo, Oslo, Noruega 

Professor Jouko Lønnqvist, National Public Health Institute, Helsinki, Finlândia 

Professor Lourens Schlebush, Universidade de Natal, Durban, África do Sul 

Dr. Airi Värnik, Universidade de Tartu, Tallinn, Estônia 

Dr. Shutao Zhai, Nanjing Medial University Brain Hospital, Nanjing, China. 

 

Livretos como este estão agora sendo amplamente disseminados, na 

esperança de que eles serão traduzidos e adaptados às condições locais – um pré- 

requisito para sua eficácia. Comentários e requisições para permissão de tradução 

e adaptação serão então bem vindos. 


Dr. J. M. Bertolote 

Coordenador, Trantornos Mentais e Comportamentais 

Departmento de Saúde Mental 

Organização Mundial da Saúde 

Tradução para o Português: 

Janaína Phillipe Cecconi,  Sabrina Stefanello e Neury José Botega, do Departamento de Psicologia 

Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, 

Campinas, Brasil. Centro Brasileiro do Estudo Multicêntrico de Intervenção no Comportamento 

Suicida – SUPRE-MISS, da Organização Mundial da Saúde.

4 

PREVENÇÃO DO SUICÍDIO 

UM MANUAL PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE PRIMÁRIA 

SUICÍDIO – A DIMENSÃO DO PROBLEMA 

Estima-se que um milhão de pessoas cometeram suicídio no ano de 2000 

no mundo. 

A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. 

A cada 3 segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. 

O suicídio está entre as três maiores causa de morte entre pessoas com 

idade entre 15-35 anos. 

Cada suicídio tem um sério impacto em pelo menos outras seis pessoas. 

O impacto psicológico, social e financeiro do suicídio em uma família e 

comunidade é imensurável. 

Suicídio é um problema complexo para o qual não existe uma única causa ou 

uma única razão. Ele resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, 

genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais. 

É difícil explicar porque algumas pessoas decidem cometer suicídio, enquanto 

outras em situação similar ou pior não o fazem. Contudo a maioria dos suicídios 

pode ser prevenida. 

Suicídio é agora uma grande questão de Saúde Pública em todos os países. 

Capacitar a equipe de atenção primária à saúde para identificar, abordar, manejar 

e encaminhar um suicida na comunidade é um passo importante na prevenção do 

suicídio.

5 

POR QUE O ENFOQUE NA EQUIPE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE? 

A equipe de atenção primária tem um longo e próximo contato com a 

comunidade e são bem aceitos pela população local. 

A equipe provê um elo vital entre a comunidade e o sistema de saúde. 

Em muitos países em desenvolvimento, onde os serviços de saúde mental 

não estão bem estruturados, o profissional de atenção primária é 

freqüentemente o primeiro recurso de atenção à saúde. 

O seu conhecimento da comunidade permite-lhe reunir o apoio dos 

familiares, amigos e organizações. 

Esse profissional está em posição de oferecer cuidado continuado. 

É também a porta de entrada aos serviços de saúde para os que deles 

necessitarem. 

Em resumo, os profissionais de saúde da atenção primária são disponíveis, 

acessíveis, detentores de conhecimento e comprometidos com a promoção de 

saúde. 

SUICÍDIO E TRANSTORNOS MENTAIS 

Estudos tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento revelam 

dois importantes fatores relacionados ao suicídio. Primeiro, a maioria das pessoas 

que cometeu suicídio tem um transtorno mental diagnosticável. Segundo, suicídio e 

comportamento suicida são mais freqüentes em pacientes psiquiátricos. Esses são 

os grupos diagnósticos, em ordem decrescente de risco de: 

depressão (todas as formas); 

transtorno de personalidade (anti-social e borderline com traços de 

impulsividade, agressividade e freqüentes alterações do humor); 

alcoolismo (e/ou abuso de substância em adolescentes); 

esquizofrenia; 

transtorno mental orgânico;

6 

Apesar de a maioria das pessoas com risco de suicídio presentarem 

transtorno mental, a maioria não procura um profissional de saúde mental, mesmo 

em países desenvolvidos. Assim, o papel da equipe de atenção primária à saúde 

torna-se vital. 

DEPRESSÃO 

Depressão é o diagnóstico mais comum em suicídios consumados. Todos 

sentem-se deprimidos, tristes, solitários e instáveis de tempos em tempos, mas 

marcadamente esses sentimentos passam. Contudo, quando os sentimentos são 

persistentes e interferem na vida normal, usual da pessoa, eles tornam-se 

sentimentos depressivos e levam a um de transtorno depressivo. 

Alguns dos sintomas comuns de depressão são: 

sentir-se triste durante a maior parte do dia, diariamente; 

perder o interesse em atividades rotineiras; 

perder peso (quando não em dieta) ou ganhar peso; 

dormir demais ou de menos ou acordar muito cedo; 

sentir-se cansado e fraco o tempo todo; 

sentir-se inútil, culpado e sem esperança; 

sentir-se irritado e cansado o tempo todo; 

sentir dificuldade em concentrar-se, tomar decisões ou lembrar-se das 

coisas; 

ter pensamentos freqüentes de morte e suicídio. 

PORQUE A DEPRESSÃO É IGNORADA 

Apesar de uma grande variedade de tratamentos estarem disponíveis para 

depressão, existem muitas razões para que esta doença seja freqüentemente não 

diagnosticada:

7 

As pessoas freqüentemente ficam constrangidas em admitir que estão 

deprimidas, porque vêem os sintomas como um “sinal de fraqueza”. 

As pessoas estão familiarizadas com os sentimentos associados à 

depressão e, então, não são capazes de reconhecê-los como doença. 

A depressão é mais difícil de diagnosticar quando a pessoas tem outra 

doença física. 

Pacientes com depressão podem apresentar-se com uma ampla 

variedade de dores e queixas vagas. 

ALCOOLISMO 

Cerca de um terço dos casos de suicídio estão ligados à dependência 

do álcool; 

5 – 10% das pessoas dependentes de álcool terminam sua vida pelo 

suicídio; 

No momento do ato suicida muitos se apresentam sob a influência do 

álcool. 

Caracteristicamente, pessoas com problemas relacionados ao álcool que cometem 

suicídio são preferencialmente as que: 

iniciaram o consumo de álcool em idade bem jovem; 

vêm consumindo álcool por um longo período; 

bebem em grandes quantidades; 

têm uma saúde física pobre; 

sentem-se deprimidas; 

têm vidas pessoais perturbadas e caóticas; 

Depressão é tratável 

Suicídio pode ser prevenido

8 

sofreram uma grande perda interpessoal recente, como separação da 

mulher e/ou família, divórcio ou perda da pessoa amada; 

têm um desempenho limitado no trabalho. 

Pessoas dependentes de álcool que cometem suicídio não só começam a 

beber em idade precoce e bebem intensamente, como também vêm de famílias de 

alcoolistas. 

Abuso de substâncias químicas tem sido encontrado cada vez mais em 

adolescentes que começam a ter com comportamentos suicidas. 

ESQUIZOFRENIA 

Aproximadamente10% dos esquizofrênicos acabam cometendo suicídio. 

Esquizofrenia é caracterizada por distúrbios na fala, pensamento, audição ou visão, 

higiene pessoal e comportamento social. Em resumo, por uma mudança drástica 

no comportamento e/ou sentimentos, ou por idéias estranhas. 

Esquizofrênicos têm um aumento no risco de suicídio se eles: 

são jovens, solteiros, homens desempregados; 

estão nos estágios iniciais da doença; 

encontram-se deprimidos; 

propensos a recaídas freqüentes; 

altamente instruídos; 

paranóides (cismados). 

Esquizofrênicos são mais propensos ao suicídio nos seguintes períodos: 

nos estágios iniciais da doença, quando estão confusos e/ou perplexos; 

A presença conjunta de alcoolismo e depressão 

em um indivíduo aumenta enormemente o risco de suicídio

9 

no início da recuperação, quando externamente seus sintomas estão 

melhores mas internamente eles sentem-se vulneráveis; 

no início de uma recaída, quando achavam que tinham superado o 

problema, mas os sintomas retornaram; 

logo que recebem alta hospitalar. 

DOENÇAS FÍSICAS E SUICÍDIO 

Alguns tipos de doenças físicas são associadas a um aumento das taxas de 

suicídio 

Doenças Neurológicas 

Epilepsia 

A impulsividade crescente, agressividade e incapacidade física crônica 

freqüentemente vistas em epilépticos são razões mais fortes para o aumento de 

comportamento suicida nestes pacientes. Alcoolismo e abuso de drogas 

contribuem para isto. 

Trauma medular ou craniano e acidente vascular cerebral 

Quanto mais graves as lesões, maior o risco de suicídio. 

Câncer 

Há indicações de que doença terminal (câncer) associa-se ao aumento das 

taxas de suicídio. O risco de suicídio é maior em: 

homens; 

no início do diagnóstico (dentro dos primeiros cinco anos); 

quando o paciente está em quimioterapia.

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HIV e AIDS 

O estigma, pobre prognóstico e a natureza da doença aumentam o risco de 

suicídio em pessoas infectadas pelo HIV. Na época do diagnóstico, quando o 

paciente não tem aconselhamento pós-teste, o risco de suicídio é alto. 

Condições Crônicas 

As seguintes condições crônicas têm possível associação com risco 

aumentado de suicídio: 

diabetes; 

esclerose múltipla; 

condições crônicas renais, hepáticas ou gastrointestinais; 

doenças nos ossos ou articulações, com dor crônica; 

doenças cerebrovasculares ou neurovasculares; 

doenças sexuais. 

Aqueles que têm dificuldade em andar, ver ou ouvir estão também em risco. 

SUICÍDIO – FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E AMBIENTAIS 

Sexo 

Homens cometem mais suicídio que mulheres, mas mais mulheres tentam suicídio. 

Idade 

 A taxa de suicídio tem dois picos: 

em jovens (15 – 35 anos); 

em idosos (acima de 75 anos). 

O risco de suicídio aumenta 

em doenças crônicas e dolorosas

11 

Estado Civil 

Pessoas divorciadas, viúvas e solteiras têm maior risco do que pessoas 

casadas. As que vivem sozinhas ou são separadas são mais vulneráveis. 

Profissão 

Médicos, veterinários, farmacêuticos, químicos e agricultores têm taxas de suicídio 

maiores que a média. 

Desemprego 

Perda do emprego, mais do que o fato de estar desempregado, foi associado com 

suicídio. 

Migração 

Pessoas que se mudaram de uma área rural para urbana, ou diferentes regiões, ou 

países, são mais vulneráveis a comportamento suicida. 

Fatores Ambientais 

Estressores da Vida 

A maioria dos que cometem suicídio passaram por acontecimentos estressantes 

nos três meses anteriores ao suicídio, como: 

Problemas interpessoais: ex. discussões com esposas, família, amigos, 

namorados; 

Rejeição – ex.: separação da família e amigos; 

Eventos de perda – ex.: perda financeira, luto; 

Problemas financeiros e no trabalho – ex.: perda do emprego, 

aposentadoria, dificuldades financeiras; 

Mudanças na sociedade – ex.: rápidas mudanças políticas e econômicas; 

Vários outros estressores como vergonha e ameaça de serem considerados 

culpados.

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Facilidade de acesso 

O imediato acesso a um método para cometer suicídio é um importante fator 

determinante para um indivíduo cometer ou não suicídio. Reduzir o acesso a 

métodos de cometer suicídio é uma estratégia efetiva de prevenção. 

Exposição ao suicídio 

Uma pequena parcela dos suicídios consiste em adolescentes vulneráveis que são 

expostos ao suicídio na vida real, ou através dos meios de comunicação, e podem 

ser influenciados a se envolver em comportamento suicida. 

O ESTADO MENTAL E O SUICÍDIO 

Três características em particular são próprias do estado das mentes suicidas: 

1. Ambivalência: A maioria das pessoas já teve sentimentos confusos de 

cometer suicídio. O desejo de viver e o desejo de morrer batalham numa 

gangorra nos indivíduos suicidas. Há uma urgência de sair da dor de viver e 

um desejo de viver. Muitas pessoas suicidas não querem realmente morrer 

– é somente porque elas estão infelizes com a vida. Se for dado apoio 

emocional e o desejo de viver aumentar, o risco de suicídio diminui. 

2. Impulsividade: Suicídio é também um ato impulsivo. Como qualquer outro 

impulso, o impulso para cometer suicídio é transitório e dura alguns minutos 

ou horas. É usualmente desencadeado por eventos negativos do dia-a-dia. 

Acalmando tal crise e ganhando tempo, o profissional da saúde pode ajudar 

a diminuir o desejo suicida. 

3. Rigidez: Quando pessoas são suicidas, seus pensamentos, sentimentos e 

ações estão constritos, quer dizer: elas constantemente pensam sobre 

suicídio e não são capazes de perceber outras maneiras de sair do 

problema. Elas pensam rígida e drasticamente. 

A maioria das pessoas suicidas comunica seus pensamentos e intenções 

suicidas. Elas freqüentemente dão sinais e fazem comentários sobre “querer

13 

morrer”, “sentimento de não valer pra nada”, e assim por diante. Todos estes 

pedidos de ajuda não podem ser ignorados. 

Quaisquer que sejam os problemas, os sentimentos e pensamentos da 

pessoa suicida tendem a ser os mesmos em todo o mundo. 

COMO AJUDAR A PESSOA COM RISCO DE SUICÍDIO? 

Quando as pessoas dizem “Eu estou cansado da vida” ou “Não há mais razão 

para eu viver”, elas geralmente são rejeitadas, ou, então são obrigadas a ouvir 

sobre outras pessoas que estiveram em dificuldades piores. Nenhuma dessas 

atitudes ajuda a pessoa com risco de suicídio. 

O contanto inicial com o suicida é muito importante. Freqüentemente o contato 

ocorre numa clínica, casa ou espaço público, onde pode ser difícil ter uma 

conversa particular. 

1. O primeiro passo é achar um lugar adequado onde uma conversa 

tranqüila possa ser mantida com privacidade razoável. 

2. O próximo passo é reservar o tempo necessário. Pessoas com ideação 

suicida usualmente necessitam de mais tempo para deixarem de se 

achar um fardo e precisa-se estar preparado mentalmente para lhes dar 

atenção. 

3. A tarefa mais importante é ouvi-las efetivamente. “Conseguir esse 

contato e ouvir é por si só o maior passo para reduzir o nível de 

desespero suicida.” 

Sentimentos Pensamentos 

Tristeza, depressão “Eu preferia estar morto” 

Solidão “Eu não posso fazer nada” 

Desamparo “Eu não agüento mais” 

Desesperança “Eu sou um perdedor e um peso pros outros.” 

Auto-desvalorização “Os outros vão ser mais felizes sem mim.”

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O objetivo é preencher uma lacuna criada pela desconfiança, desespero e perda 

de esperança e dar à pessoa a esperança de que as coisas podem mudar para 

melhor. 

Como se comunicar 

Ouvir atentamente, ficar calmo. 

Entender os sentimentos da pessoa (empatia). 

Dar mensagens não-verbais de aceitação e respeito. 

Expressar respeito pelas opiniões e valores da pessoa. 

Conversar honestamente e com autenticidade. 

Mostrar sua preocupação, cuidado e afeição. 

Focalizar nos sentimentos da pessoa. 

Como não se comunicar 

Interromper muito freqüentemente. 

Ficar chocado ou muito emocionado. 

Dizer que você está ocupado. 

Tratar o paciente de maneira que o coloca numa posição de inferioridade. 

Fazer comentários invasivos e pouco claros. 

Fazer perguntas indiscretas. 

Uma abordagem calma, aberta, de aceitação e de não-julgamento é fundamental 

para facilitar a comunicação. 

Ouça com cordialidade. 

Trate com respeito. 

Empatia com as emoções. 

Cuidado com o sigilo.

15 

SUICIDIO – FATO E FICÇÃO 

FICÇÃO FATO 

1. Pessoas que ficam ameaçando 

suicídio não se matam. 

1. A maioria das pessoas que se matam 

deram avisos de sua intenção. 

2. Quem quer se matar, se mata 

mesmo. 

2. A maioria dos que pensam em se 

matar, têm sentimentos ambivalentes. 

3. Suicídios ocorrem sem avisos. 3. Suicidas freqüentemente dão ampla 

indicação de sua intenção. 

4. Melhora após a crise significa 

que o risco de suicídio acabou. 

4. Muitos suicídios ocorrem num 

período de melhora, quando a pessoa 

tem a energia e a vontade de 

transformar pensamentos desesperados 

em ação auto-destrutiva. 

5. Nem todos os suicídios podem 

ser prevenidos. 

5. Verdade, mas a maioria pode-se 

prevenir. 

6. Uma vez suicida, sempre suicida. 6. Pensamentos suicidas podem 

retornar, mas eles não são permanentes 

e em algumas pessoas eles podem 

nunca mais retornar.

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COMO IDENTIFICAR UMA PESSOA SOB RISCO DE SUICÍDIO 

Sinais para procurar na história de vida e no comportamento das pessoas: 

1. Comportamento retraído, inabilidade para se relacionar com a família e 

amigos 

2. Doença psiquiátrica 

3. Alcoolismo 

4. Ansiedade ou pânico 

5. Mudança na personalidade, irritabilidade, pessimismo, depressão ou apatia 

6. Mudança no hábito alimentar e de sono 

7. Tentativa de suicídio anterior 

8. Odiar-se, sentimento de culpa, de se sentir sem valor ou com vergonha 

9. Uma perda recente importante – morte, divórcio, separação, etc. 

10. História familiar de suicídio 

11. Desejo súbito de concluir os afazeres pessoais, organizar documentos, 

escrever um testamento, etc. 

12. Sentimentos de solidão, impotência, desesperança. 

13. Cartas de despedida 

14. Doença física 

15. Menção repetida de morte ou suicídio 

COMO ABORDAR O PACIENTE 

Quando a equipe de saúde primária suspeita que exista a possibilidade de um 

comportamento suicida, os seguintes aspectos necessitam ser avaliados: 

Estado mental atual e pensamentos sobre morte e suicídio; 

Plano suicida atual – quão preparada a pessoa está, e quão cedo o ato está 

para ser realizado; 

Sistema de apoio social da pessoa (família, amigos, etc.).

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A melhor maneira de descobrir se uma pessoa tem pensamentos de suicídio é 

perguntar para ela. Ao contrário da crença popular, falar a respeito de suicídio não 

coloca a idéia na cabeça das pessoas. De fato, elas ficarão muito agradecidas e 

aliviadas de poder falar abertamente sobre os assuntos e questões com as quais 

estão se debatendo. 

Como perguntar? 

Não é fácil perguntar para uma pessoa sobre sua ideação suicida. Ajuda se 

você chegar no tópico gradualmente. Algumas questões úteis são: 

Você se sente triste? 

Você sente que ninguém se preocupa com você? 

Você sente que a vida não vale mais a pena ser vivida? 

Você sente como se estivesse cometendo suicídio? 

Quando perguntar? 

Quando a pessoa tem o sentimento de estar sendo compreendida; 

Quando a pessoa está confortável falando sobre seus sentimentos; 

Quando a pessoa está falando sobre sentimentos negativos de 

solidão, desamparo, etc. 

O que perguntar? 

1. Descobrir se a pessoa tem um plano definido para cometer suicídio: 

Você fez algum plano para acabar com sua vida? 

Você tem uma idéia de como você vai fazê-lo? 

2. Descobrir se a pessoa tem os meios para se matar: 

Você tem pílulas, uma arma, inseticida, ou outros meios? 

Os meios são facilmente disponíveis para você? 

3. Descobrir se a pessoa fixou uma data: 

Você decidiu quando você planeja acabar com sua vida? 

Quando você está planejando fazê-lo?

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Todas estas questões precisam ser perguntadas com 

cuidado, preocupação e compaixão 

COMO LIDAR COM O PACIENTE 

BAIXO RISCO 

A pessoa teve alguns pensamentos suicidas, como “Eu não consigo 

continuar”, “Eu gostaria de estar morto”, mas não fez nenhum plano. 

Ação Necessária 

Oferecer apoio emocional. 

Trabalhar sobre os sentimentos suicidas. Quanto mais abertamente a 

pessoa fala sobre perda, isolamento e desvalorização, menos 

turbulentas suas emoções se tornam. Quando a turbulência emocional 

cede, a pessoa pode se tornar reflexiva. Este processo de reflexão é 

crucial, ninguém senão o indivíduo pode revogar a decisão de morrer e 

tomar a decisão de viver. 

Focalize na força positiva da pessoa, fazendo-a falar como problemas 

anteriores foram resolvidos sem recorrer ao suicídio. 

Encaminhe a pessoa para um profissional de saúde mental ou a um 

médico. 

Encontre-a em intervalos regulares e mantenha contato externo. 

MÉDIO RISCO 

A pessoa tem pensamentos e planos, mas não tem planos de cometer 

suicídio imediatamente.

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Ação Necessária 

Ofereça apoio emocional, trabalhe com os sentimentos suicidas da 

pessoa e focalize em forças positivas. Em adição, continue com os 

passos abaixo. 

Focalize os sentimentos de ambivalência. O profissional da saúde 

deve focalizar na ambivalência sentida pela pessoa suicida, entre viver 

e morrer, até que gradualmente o desejo de viver se fortaleça. 

Explore alternativas ao suicídio. O profissional da saúde deve tentar 

explorar as várias alternativas ao suicídio, até aquelas que podem não 

ser soluções ideais, na esperança de que a pessoa vá considerar ao 

menos uma delas. 

Faça um contrato. Extraia uma promessa do individuo suicida de que 

ele ou ela não vai cometer suicídio 

Sem que se comunique com  a equipe de saúde; 

Por um período especifico. 

Encaminhe a pessoa a um psiquiatra, ou médico, e marque uma 

consulta o mais breve possível. 

Entre em contato com a família, amigos e colegas, e reforce seu apoio. 

ALTO RISCO 

A pessoa tem um plano definido, tem os meios para fazê-lo, e planeja fazê-lo 

imediatamente. 

Ação Necessária 

Estar junto da pessoa. Nunca deixá-la sozinha. 

Gentilmente falar com a pessoa e remover as pílulas, faca, arma, 

inseticida, etc. (distância dos meios de cometer suicídio). 

Fazer um contrato. 

Entrar em contato com um profissional da saúde mental ou médico 

imediatamente e providenciar uma ambulância e hospitalização. 

Informar a família e reafirmar seu apoio.

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ENCAMINHANDO O PACIENTE COM RISCO DE SUICÍDIO 

Quando encaminhar 

Quando a pessoa tem: 

Doença psiquiátrica; 

Uma história de tentativa de suicídio anterior; 

Uma história familiar de suicídio, alcoolismo ou doença mental; 

Doença física; 

Nenhum apoio social. 

Como encaminhar: 

O trabalhador da saúde primária deve ter tempo para explicar à 

pessoa a razão do encaminhamento. 

Marcar a consulta. 

  Esclareça à pessoa que o encaminhamento não significa que o 

profissional da saúde está lavando as mãos em relação ao problema. 

Veja a pessoa depois da consulta. 

Mantenha contato periódico. 

RECURSOS DA COMUNIDADE 

As fontes de apoio usualmente disponíveis são: 

Família; 

Amigos; 

Colegas; 

Clérigo; 

Centros de crise; 

Profissionais de saúde.

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Como obter estes recursos? 

Tente conseguir permissão do paciente para recrutar quem possa 

ajudá-la, e depois entre em contato com essas pessoas. 

Mesmo que a permissão não seja dada, tente localizar alguém que 

seria particularmente compreensivo com o paciente. 

Fale com o paciente e explique que algumas vezes é mais fácil falar 

com um estranho do que com uma pessoa amada, para que ele ou ela 

não se sinta negligenciado ou ferido. 

Fale com as pessoas de apoio sem acusá-las ou fazê-las sentirem-se 

culpadas. 

Assegure novamente seu apoio nas ações que serão tomadas. 

Fique atento, também, às necessidades dos que sepropuseram a 

ajudar. 

O QUE FAZER E O QUE NÃO FAZER 

O que fazer 

Ouvir, mostrar empatia, e ficar calmo; 

Ser afetuoso e dar apoio; 

Leve a situação a sério e verifique o grau de risco; 

Pergunte sobre tentativas anteriores; 

Explore as outras saídas, além do suicídio; 

Pergunte sobre o plano de suicídio; 

Ganhe tempo – faça um contrato; 

Identifique outros formas de dar apoio emocional; 

Remova os meios, se possível; 

Tome atitudes, conte a outros, consiga ajuda; 

Se o risco é grande, fique com a pessoa.

O que não fazer 

Ignorar a situação; 

Ficar chocado ou envergonhado e em pânico; 

Falar que tudo vai ficar bem; 

Desafiar a pessoa a continuar em frente; 

Fazer o problema parecer trivial; 

Dar falsas garantias; 

Jurar segredo; 

Deixar a pessoa sozinha. 

CONCLUSÃO 

Compromisso, sensibilidade, conhecimento, preocupação com outro ser humano e 

a crença de que a vida é um aprendizado que vale a pena – são os principais 

recursos que os profissionais de saúde primária têm; apoiados nisso eles podem 

ajudar a prevenir o suicídio.

 

 

 


Bobby Mc Ferrin & Grupo Mocarta


Focus- Hocus Pocus (live ’73)

Por Celso Lugão

Especializações em PSICOLOGIA CLÍNICA E HOSPITALAR. Exerce ATIVIDADE CLÍNICA fazem mais de 30 anos, tendo criado sua abordagem particular de PSICOTERAPIA ESTRATÉGICA. Possui MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL PELA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Atualmente é professor do INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UERJ tendo criado o setor de PSICOTERAPIA ESTRATÉGICA NO SPA DA UERJ EM 1988 e desde então atua como SUPERVISOR desta abordagem. Participou de forma intensiva do PROCESSO DE VALIDAÇÃO DA HIPNOSE como TÉCNICA PASSÍVEL DE SER UTILIZADA PELO PSICÓLOGO, fato este reconhecido pela SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPNOSE e pela SOCIEDADE DE HIPNOSE E MEDICINA DO RIO DE JANEIRO. Possui experiência em várias áreas da psicologia, a saber: EPISTEMOLOGIA DAS PSICOTERAPIAS (DESENVOLVIMENTO DE REFERENCIAIS EPISTEMOLÓGICOS E CLÍNICOS; ESTUDO DAS PERSPECTIVAS ESTRATÉGICA, ESTRUTURAL E SISTÊMICA EM RELAÇÃO AO INDIVÍDUO E A FAMÍLIA) ; PSICOLOGIA CLÍNICA E HIPNOLOGIA (TRANSDUÇÃO DA INFORMAÇÃO MENTE-CORPO, PSICOIMUNOLOGIA, TÉCNICAS HIPNÓTICAS, CORPORAIS, PSICODRAMÁTICAS E ESTADOS ALTERADOS DA CONSCIÊNCIA); TANATOLOGIA (MORTE, LUTO E SEPARAÇÕES); PROCESSOS DISSOCIATIVOS (TRAUMA, DISTÚRBIO DISSOCIATIVO DA IDENTIDADE, SÍNDROME DO STRESS PÓS-TRAUMÁTICO, SÍNDROME DO PÂNICO, SUICÍDIO, DROGADICÇÃO, PSICOSES); E ASPECTOS PEDAGÓGICOS DA SUPERVISÃO (TREINAMENTO, INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO ). (Text informed by the author)

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