Conversas de um ateu com Deus sobre o paradoxo altruístico

DSC09364 Conversas de um ateu com Deus sobre o paradoxo altruístico
Em 02 de agosto de 2014
Copyright by Professor Celso Lugão da Veiga.

Ateu: “Olá Deus, como estás?”
Deus: “Olá, meu querido, estou bem, obrigado.
E você? O que me conta de novo?”

“Sempre novas coisas… Certa vez fui atender a uma família, na qual o filho tinha tentado esfaquear o pai para entrar no quarto e pegar dinheiro para usar drogas; desnecessário perguntar se te lembras disto porque tens fama de ser onisciente, rs.”

“Bem, onisciente sim, mas… Nem sempre dá para chegar junto, são 13,8 bilhões de anos e uma extensão inimaginável de mundos para prestar atenção.

Deus prossegue (em geral em negrito): Às vezes, quando chego, o tigre já pegou o menino…

(Esclarecendo, o texto requer um certo conhecimento de situações históricas [o debate entre T. Huxley, o buldogue de Darwin, e o bispo Samuel (Sam) Wilbeforce] e outras situações, como por exemplo, o fato de que brinco escrevendo w³.psicoterapiaestrategica.com.br, w elevado à terceira potência, ao invés de www..psicoterapiaestrategica.com.br… Assim, Deus brinca com o ateu, ao escrever TH². para se referir à Thomas Henry Huxley. Da mesma forma existe uma referência ao Diogo, meu filho designer (também inteligente, rsss) que vive me dizendo… “Pai, este nome para um site é enorme, e não comercial… www..psicoterapiaestrategica.com.br….. O humor negro, ou humor afro-descendente, sobre a queda do cavalo de Samuel Wilbeforce é verdadeiro, dizem que Thomas Huxley teria dito aquilo ao saber da morte do bispo… “ A única vez que seu cérebro e a realidade entraram em contato… O encontro foi fatal”.)
Tigre e Menino
Um pouco antes eu até olhei, mas havia gente por perto filmando, não imaginei que ficariam constrangidos para agir e interferir… Isto não me sai da mente…

Vocês na Terra conseguiram rir além do esgar de nervoso, aquilo que o famoso Freud, (boa pessoa hein? Tirando aquele maldito vício de fumar, rs, também tenho senso de humor como sabes…)… Chamou de sublimação, foi um baita salto evolucionário…

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Se acredito em Darwin?, rs.
Claro, foi um dos sujeitos mais gentis e preocupado com o próximo, bem diferente do Sam, o ensaboado. Aquele bispo era esperto, fiquei preocupado com o TH²…”

“Quem?”

TH²… Gostei quando você inventou aquela de w³psicoterapiaestrategica.com.br…

Meu caro ateu… Ouças teu filho que é designer, psicoterapia estratégica é um nome enorme, parece aquelas rezas que nunca terminam, rs…

Thomas_and_Julian_Huxley,_1895 Thomas Henry Huxley, rs.

Fui eu que agi lá. Disse-lhe baixinho, bem dentro do ouvido: “Thomas, pegue-o agora!”…

E ele detonou o bispo, “YES!!!”…

Bom, o tombo do bispo do cavalo não foi nada engraçado, mas não pude deixar de esboçar minha compaixão e humor com Huxley (grande sujeito), quando ele disse sobre o tombo do bispo Samuel Wilberforce: “ A única vez que seu cérebro e a realidade entraram em contato… O encontro foi fatal”.

Humor negro do THH, mas impecável, como sua inteligência sempre foi.

Bem…
Um deus sem senso de humor não é confiável… Mas, aquilo não foi nada engraçado, vi quando o menino parou diante da jaula do Leão e agi daqui (estou em Andrômeda, resolvendo coisas com Nacional Kid… Se ele existe? Captei vosso pensamento, viu? Um dos meus truques básicos, vocês psicoterapeutas aprenderam bem, rs. Claro que existe, a imaginação existe e é básica para a sobrevivência de todos nós)…
Bem, o leão sossegou, bocejou, tu vistes? Acionei o parassimpático dele, como tu dizes aos teus clientes)… E aí vi o pessoal filmando e o menino indo para a jaula do Tigre…
O constrangimento do tigre

Foi um segundo de distração… Imaginei que as pessoas iriam fazer algo, afinal esta sempre foi a minha mensagem desde o início, oração sem ação não muda o mundo… Ajudem uns aos outros.

Meditar acalma, prepara bons caminhos, mas não é igual à boa ação, fruto da meditação, uma ação estrategicamente pensada.

As pessoas filmavam e é claro que iriam interferir, então não me preocupei mais…
Porém, como naquele evento que gerou experimentos em tua área, o tal do psicólogo Bibb Latané, tu sabes, o tal caso Kitty Genovese… Em 1964, quando tinhas dez aninhos… Sei que se você estivesse lá agora, um adulto, irias agir, mas aquelas pessoas não agiram.
.

Foi a mesma coisa do Tigre e do garotinho…

A mesma coisa… Vi as pessoas acendendo as luzes, imaginei… Bem, elas iriam sair e agir, ajudar a mulher… E ninguém fez nada… E foram 30 minutos de suplício, uma carnificina, mais de 20 facadas e gritos de socorro… E, quando olhei de novo, não acreditei, ninguém fez nada…

Luganus diz: “Compreendo Deus, compreendo você… As pessoas ficam constrangidas, com medo de algo, sei lá do que , não percebem que diante da iminência da morte é fundamental a ação imediata…
Lembrei de um caso… A história da jornalista que foi seqüestrada no meio da rua por bandidos em São Paulo.
Os bandidos entraram no carro da jornalista e a fizeram dirigir por um longo percurso, mas não contavam que uma outra pessoa vinha logo atrás e ao observar a cena suspeita, logo telefonou para a polícia, que conseguiu resolver o caso.
Como na história de Kitty Genovese, morta a facadas, em 1964, no Queens, um bairro de Nova York. Como tu dissestes…
Em meia hora, Kitty foi perseguida pelo agressor e atacada várias vezes na rua enquanto os vizinhos nada faziam, envoltos em seus medos, em seus constrangimentos.

Nenhuma das 38 pessoas telefonou para a polícia.
Kitty child
Esse caso veio a se tornar um símbolo da frieza e da desumanidade da vida urbana em Nova York.

Moseley

Abe Rosenthal, um jornalista que escreveu um livro sobre o crime, julgou essa atitude como típica das grandes cidades. Segundo ele, o anonimato e a alienação que marcam a vida nos grandes centros urbanos tornam as pessoas duras e insensíveis. Cada um cuida de si, assim não é julgado pelo comportamento de se intrometer na vida do outro… “Meta-se com a sua vida!”,… “Isto não é o lugar apropiado!”… “O pai deve estar por aí, se você for lá tirar o menino, ele grita, o pai aparece e ainda te constrange…”

O caso Kitty Genovese veio a se tornar fonte para outro estudo que tentou compreender o que dois psicólogos, Bibb Latanè e John Darley, chamaram de “problema do espectador”.

Pois é…(comenta Deus)

Kitty Genovese – Morta a facadas enquanto 38 vizinhos observavam a cena!!! Moseley old man

Depois disto, alguns psicólogos encenaram vários tipos de situações de emergência para ver quem apareceria para ajudar, por exemplo: fazer uma pessoa simular um ataque epilético em uma sala repleta de gente. O que eles descobriram, com surpresa, foi que o principal fator que influenciava a disposição de prestar auxílio era o número de testemunhas presentes.

Resumindo a grosso modo, eles chegaram a conclusão que quando as pessoas estão em grupo, a responsabilidade de agir fica difusa.

Um pensa que o outro irá agir… É aquela bola de vôlei que cai porque um deixa para o outro.

Supõe-se que o outro irá tomar providência ou que, como ninguém se mexe, o aparente problema não é de fato um problema.

Portanto, se não é problema seu, também não é problema meu e já que não é problema nosso, não é problema de ninguém e vamos continuar assistindo a nossa novelinha tranquilamente, enquanto as pessoas se matam, pulam de algum lugar, ou se matam ao lado, em casa mesmo.

Difícil saber se esse estudo teria o mesmo resultado aqui no Brasil, mesmo sendo um dos países com a pior distribuição de renda do mundo, somos um povo solidário, mas ainda não o suficiente para determinadas situações silenciosas onde a morte espreita; onde não percebemos que o silêncio pode encobrir atitudes mórbidas como os vícios… “Não, não irei falar nada para não me indispor com meu vizinho, com meu amigo, com meu parente, com meu colega de trabalho”.

Gostamos de ajudar as pessoas, damos o que não temos, ajudamos a reconstruir outros países enquanto semanalmente somos obrigados a assistir crianças e adolescentes se afundarem na criminalidade e nas drogas em nosso próprio solo, ao nosso lado, nas escolas e nas universidades….
O certo mesmo é que, a pessoa que salvou a jornalista, que estava sozinha, merece todos os méritos por seu ato heróico, por ter se sentindo impelida a agir , compelida a agir.
Então, Deus, como ateu, sem o sentido antropofágico, e o duplo sentido, rs… Como era o discurso de Paulo? Podes me lembrar?”
Mudança

Deus: “Bem, me perguntas sobre o discurso de Paulo, aí vai…”
“Muito se tem usado, nos louvores clássicos ou contemporâneos, o termo “constrangimento”.

Luganus: Certo, para que não tenhamos mais dúvidas quanto ao uso bíblico e legítimo do termo “constranger” nas mensagens, poderias falar algo sobre isto?

Muitas coisas podem ser constrangedoras.

O significado desta palavra pode ter muitos sentidos.

Atualmente, quando ouvimos a palavra “constrangimento”, logo vem à nossa mente a ideia de embaraço, vergonha.

Deus prossegue: “Eu gostaria de chamar a atenção a outro significado desta palavra”.

Um significado que vocês podem encontrar em um estudo etimológico dela.

Notem que originalmente, esta palavra deriva-se do latim “constrígo”, que, mais tarde, recebeu o sufixo “ingere”, formando assim a palavra “constringir”, que significa “fazer pressão”, “comprimir”.

E esta, mais tarde, formou uma palavra de significação divergente, “constranger”, que quer dizer: “forçar”, “obrigar”, “impelir”, “apertar com força”.

Por isto a cobra jiboia chama-se “Boa constrictor constrictor”.

Assim, o Amor de Cristo é constrangedor… II Cor. 5.14:
“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram”.

Deus diz: “Meu querido ateu Luganus, como brincas com teu nome, e como brincas!, gosto disto…

Que declaração mais contundente. “O amor de Cristo nos constrange”.
Note Luganus…

Vindo da pena de alguém como o apóstolo Paulo, é muito significativo! O que aconteceu na vida do homem que fez tal declaração? Quem é Paulo? Não é o ex-perseguidor da igreja? O mesmo homem que arrastava pessoas violentamente aos tribunais e alguns para pena de morte, como aconteceu com Estevão?

Algo aconteceu…

“Dura Coisa é recalcitrares contra os aguilhões” (At. 26.14).

Foi com esta frase, e com uma luz mais intensa do que o próprio sol, que Saulo, o tenaz perseguidor da Igreja, foi confrontado com o seu pecado.
Seu zelo ardoroso tornou-se na mais profunda miséria de sua vida. Tudo o que ele era, desmoronou-se… Ruiu, como que um monte de pedras que rolando do monte, formando terrível e avassaladora avalanche e um montão de escombros.

Aquele grande campeão de sua religião; um erudito e um prodígio; cheio de si mesmo, orgulhoso, derreteu-se como que se fosse uma manteiga diante de um maçarico.

Aquela frase “dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões”, foi muito marcante para o apóstolo de Cristo, que ao lembrar-se de sua condição passada, reconhece seu chamado pela graça de Deus: “porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça”.

Foi Paulo, que agora inspirado pelo Espírito, ao dirigir-se a uma Igreja que vivia muitas lutas e tribulações, que vez por outra envolvia-se em controvérsias e tropeçava em erros doutrinários, quem disse: ” O amor de Cristo nos constrange”.

O apóstolo sentia-se constrangido por esse amor, que conforme ele mesmo coloca em Efésios. “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida, juntamente com Cristo… Pela graça sois salvos”.

Paulo conheceu um amor tão profundo, que desejava que sua “largura, comprimento, altura e profundidade”, que, aliás, nem se pode medir, pois “excede todo entendimento”( Ef. 319), fosse pregado a todos os homens.

E eu, Deus, vos digo: “ Levas a palavra, meu caro ateu, tão querido és como os demais, que não entendem que um pai precisa descansar.

Já zelei e cuidei do Universo por mais de 50 bilhões de anos, breve vossos cientistas anunciarão isto, por causa desta matéria e energia escura irão rever os cálculos, e aí saberão que de fato conversas comigo, saberão de fato que sou eu mesmo que vos falo, o universo não tem apenas 14 bilhões de anos, rsss”.

“Ouças, Celso Lugão,… Paulo,( sei bem… É o nome de teu grande amigo, falecido por incompetência médica em Macaé)… Paulo afirmou ainda na epístola aos Romanos: “Mas Deus prova seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”.

A Cruz, esse objeto repugnante, de tortura e dor, de miséria e sofrimento, de morte, foi o objeto do olhar de Paulo, para nela visualizar um amor tão grande e profundo que o constrangia, assim como as marcas do Tigre no menino crucificado pela inação das pessoas.

Nela ele pôde visualizar o Salvador, o Deus encarnado que se humilhou, fez-se homem, viveu vida santa e perfeita, e se deu por nós, não, sem antes, ser submetido à tortura da cruz.

Suas mãos trespassadas, seu corpo perfurado, sua angústia e dor profundas, a ausência do próprio Deus, por haver se tornado maldição e pecado, era algo que movia profundamente o coração de Paulo, a ponto de constrangê-lo.

O apertava de tal modo a situação que o impelia a agir, quase o obrigava.

Esse constrangimento gerou nele um senso de compromisso constante.

Luganus fala: Paulo diz que o amor de Cristo nos constrange.

O tempo do verbo está no presente , como se fosse uma ação pura – sem tempo para terminar- algo permanente, como o famoso Milton H. E. fazia com as palavras… Sim, o ilustre Erickson, o Sr. Hipnose.

Ao enxergar o amor de Deus, Paulo sabia se tratar de algo tão grandioso que excede a nossa compreensão.
A Palavra diz, em João 1.5 que “…Deus é amor”.
A Palavra diz também que Deus é eterno, portanto, meu amor é eterno.
Assim como eu, Deus, não tive principio, meu amor também não tem.
E assim como sou eterno, porque a imaginação é eterna, meu amor também não tem fim.
A imaginação não tem limites. E assim o amor é eterno com Deus. Ele o é em Deus.
Eu vos escolhi antes da fundação do mundo “em amor” .

E, meu amor é o que é porque é! Trata-se de um amor gratuito, espontâneo, livre.
Enquanto em muitos de nós há tudo que poderia fazer Deus detestar-nos, Deus decidiu amar-nos, disse Paulo
.

João Calvino afirma que “Deus nos amou enquanto nos odiava”, por causa de nossos pecados.

Como estas pessoas que olham e filmam o garoto mexendo com o leão até o seu encontro quase fatal com o Tigre, que lhe custou o braço, quase sua vida foi ceifada pela inação das pessoas. As pessoas que se fazem de cega, que não querem se comprometer, se responsabilizar.

Seja diferente

Ouça, meu caro ateu, a oração ajuda mas o que de fato precisa este vosso mundo é a ação de pessoas saudáveis, sensatas… Levantai-vos ateus e religiosos de bem, uni-vos pois que a palavra é uma só e sempre será… Praticai a justiça social, não vos omitam, usem o amor que constrange, que aperta, que impele à ação posto que ao se omitirem permitem que pessoas sofram, como este pobre menino, um tanto tonto, mas ainda vítima da omissão de muitos adultos que mesmo vendo a possibilidade do pior acontecer se omitiram. Não deixaram de filmar, de conversar, mas não quiseram se meter. É estranho, eles alegaram se sentir constrangidos para agir.
Por do Sol

Vá, leve a minha palavra… O constrangimento vem de um aperto, o que nos aperta e impele à ação pode ser a vergonha tóxica, pode ser a covardia, pode ser o medo do compromisso, pois quando impedistes aquele bêbado de vagar pelo trânsito, pois ele punha em risco a própria vida, a dos motoristas e dos transeuntes… Naquele momento te arriscastes… Ele podia ter te agredido, te contaminado, pensastes nisto? Sim, sei que sabias disto e tivestes cuidado. Mas você assumiu a responsabilidade de acompanhar e ficar até a chegada do socorro.
Portanto, as pessoas quando ficam constrangidas, se sentem apertadas, resta saber pelo quê?
Medo do compromisso? Medo de dizer a verdade e perder a qualidade da relação que julga ter com alguém? Sim meu caro ateu, julga ter esta qualidade, pois de verdade não a tem…
“ Se eu disser isto perderei o amigo”… Daqui vos pergunto: “Que amizade é esta”?

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Mas, quando te constranges por amor ao próximo, aí podes até enfrentar as vossas leis terrenas.
Pois este é, portanto, um amor soberano, que não depende de vossas obras, de vossas regras.

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Por isto Paulo disse: “Deus faz tudo conforme o conselho de sua vontade. O amor de Deus é um amor prático, pois Ele “amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito”… Ele deu seu filho. Ele agiu. Ele fez. Ele planejou e executou. Ele viu o problema do pecado e da separação eterna com o homem e planejou a solução, e a executou cabal e plenamente.”

E Paulo prossegue : “O amor de Deus materializou-se na pessoa, vida e obra de Cristo, seu filho unigênito. Seu amor é gracioso, por isso não poupou seu filho da miséria, da aflição, da dor, da humilhação e perseguição, por amor a seu povo”.
Janusz

Assim, ao visualizar um amor destes, Paulo declara que esse amor nos obriga e nos impele, nos constrange.

O amor de Cristo é ainda um amor livre. Ele não depende do nosso amor “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro”, diz a Palavra em João 4.19.
O Amor de Cristo é como o próprio Cristo. Não muda.

Em Romanos se pode ler que “nada pode separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Olhe para a cruz. Contemple o amor de Cristo por você. Olhe para a cruz e veja na imagem do Cristo crucificado a maior expressão de amor de todos os tempos. O amor de Cristo é restaurador. Apelo contigo, como João apelou aos santos da Igreja em Éfeso que volte ao primeiro amor.
Ao único amor de sua vida. Lembre-se o que diz o texto bíblico em Jeremias 31.3: “Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”
O Amor de Cristo é constrangedor, pois nos impele a viver uma vida de obediência e santidade…
A Escritura ensina em Hebreus que sendo Deus santo, somente aqueles que forem santos o poderão ver.
O amor de Deus nos constrange a buscar a santidade.

Fumante e não fumante
A nos separarmos do mundo, a tentar ajudar ao próximo mesmo que as leis dos homens impeçam. Lembra-se de Oskar Schindler? De Irena Sendler? Você sabe do que falo, meu prezado ateu, sabes bem que o silêncio, a inação diante de regras tolas e temporárias das nações deve ceder lugar à ação. Só assim vocês evitarão tragédias maiores. Diante da verdade, vos digo, não se calem, não se sintam constrangidos, apertados pelo medo ou pelo zelo hipócrita, como aquelas pessoas que disseram: “afinal o menino veio com o pai, ele tem pai, quem sou eu para chamar a atenção dele, ainda mais em público?!”; Eu não sabia o que iria acontecer, se soubesse que o tigre iria arrancar o braço do menino… Oh! Meu Deus, se eu soubesse, eu teria agido!”. E assim, meu caro e brincalhão ateu, incompreendido ainda serás por muito tempo, por muitos, mesmo os mais próximos, mas a verdade é que quando aquela mulher disse… Eu não sabia o que poderia acontecer, ela mentiu, ela mentiu para mim, e mentiu para si, como um viciado que nega seu vício, ela se omitiu e omitiu para tanto o pensar nas consequências de sua omissão. Foi relapsa, superficial para não se incomodar, as pessoas agem de maneira socialmente superficial e relapsa.
João diz que os que amam a Deus e são por Ele amados “não amam o mundo e nem as coisas que há no mundo.” Agora me entendes, ateu?
Eu vos digo: “Não amai vossos costumes e vossas regras acima dos grandes princípios universais da justiça social, da responsabilidade para consigo próprio e para com os demais, semelhantes ou não, plantas ou pedras, peixes ou aves.
O vosso planeta requer zelo de verdade, para frisar que há um simulacro, um zelo hipócrita.

Oskar Schindler 1

Screams of Kitty Genovese
Irena Sendler
Jamais se sintam pressionados por valores mundanos, por leis, por coisas e por costumes passageiros.. Fosse assim, Irena Sandler deveria ter se sentido constrangida a não agir, apertada para não agir, mas ela se sentiu incomodada e agiu, como Gandhi, como Thoreau, como Sendler, como Schindler, e como Janusz Korczak, pseudônimo do bom Henryk Goldszmit, que morreu no campo de concentração de Treblinka, em 1942, médico e grande educador , como tu te propões a ser, meu prezado ateu.
Janusz e menina
Janusz e o trem da morte
Lembro que devido ao prestígio conquistado, as autoridades nazistas chegaram a oferecer-lhe a liberdade, mas o bom Janusz preferiu acompanhar suas crianças no trem que as levou para a morte nas câmaras de gás.

Por isto, Paulo disse: “…o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.

O amor de Deus nos impele a nos conformarmos a “perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” como vemos nestes exemplos de pessoas que não fogem à responsabilidade.
Ali e o suicida

O amor de Cristo nos constrange a fugir do pecado, porque entende que o pecado é uma afronta a Deus. É uma ofensa gravíssima ao Senhor.
Quem é que é capaz de ofender àquele que lhe é gentil?
Irena movie
Quem pode desprezar aquele que lhe salva a vida?
Oskar Schindler
O senso de pecado invade o coração daquele que ama a Deus.
Ele tem um senso aguçado de sua própria pecaminosidade: “Pequei contra ti, contra ti somente pequei…” esse senso, porém, vem acompanhado de um arrependimento sincero.
O apóstolo Paulo afirma que o pecado não terá domínio sobre nossas vidas.
João afirma que o crente “não vive na prática do pecado”. Ou não é crente, se faz de crente.
Porém, quando peca, ele o faz porque perde de vista o amor constrangedor de Cristo.
Deixa de olhar para a cruz, e o amor de Cristo fica distante de seus olhos.
Monumento de Varsóvia tributo a Jausz K
Muitas vezes o Senhor até permite isso, para que não esqueçamos que nossa justiça é “trapos de imundície” diante do Senhor.
Mas, João, diz que se o crente pecar ” tem Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.”
“Olhe para a Cruz. Contemple o amor de Cristo. Esconda-se à sombra do Onipotente. Ele declarou ao profeta Oséias , que a despeito do pecado de Israel, o Senhor o “tomou em seus braços, como um filho, e o atraiu com laços de Amor”.
Logo, o amor de Cristo nos constrange a amar a Deus e ao nosso próximo.

O Amor gera amor. Gentileza gera gentileza.

Dalai Lama

Deus nos amou primeiro, por isso nós agora o amamos.
O mandamento diz: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda a tua força.”
O amor a Deus subentende um amor pelo seu ser; pelos seus atributos; pelo seu caráter moral: sua bondade, amor, justiça, fidelidade, paciência, graça, misericórdia, justiça, ira, santidade.
O caráter de Deus é alvo de nosso amor. O Amor a Deus consiste em se alegrar nas coisas de Deus. A vida cristã não pode ser um enfado ou uma vida de negações. A santidade não é uma lista de “nãos”. Nós somos constrangidos a amar a Deus e as coisas de Deus com alegria e contentamento.

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É a ciência que permite a cirurgia, salvar a vida do menino. O homem criou deus e a ciência, blasfêmia? Diga isto para a marca da vacina em seu braço. Ficas em paz, mas pense, a humanidade depende de uma séria postura contra o obscurantismo, pensamentos retrógrados e preconceitos oriundos das religiões. O povo não sabe a diferença entre o exoterismo e esoterismo, isto é o que traz de pior nas religiões, o fundamentalismo. Como disse o Dalai Lama, Tenzin Giatsu, se o budismo declara algo e a ciência declara diferente, que se mude o budismo. Por isto ele é o “cara”, a figura mais popular aceita em nosso século.

Esta história de celibato é besteira, nunca vos disse nada disto, amarás uns aos outros, também não quer dizer, “oba!, façam um bacanal”… Amai e respeitai uns aos outros… Sem sexo como teriam prazer? Sem prazer como teriam sexo?
São uma única coisa, um só processo. Portanto…
Mesmo a ira de um pai deve ser amada e venerada, significa que ele tentou nos persuadir, nos aconselhar, nos dissuadir de algo errado, e como não escutamos o Pai, resta a ira deste.
Nossa motivação para amar a Deus são os princípios elevados de seu caráter, que tanto estão nele como nos ateus e nos religiosos, ou seja, nas pessoas de bem.
Se nós amamos a Deus, haveremos de amar como Cristo amou.
Cristo amou os pecadores. Dedicou tempo e atenção a eles. Comeu com eles. Chorou por eles.
Assim, o amor de Cristo produz segurança e nos impele a servir…
Pois em sua oração ao Pai, afirma que aqueles a quem Ele amou, “foram guardados, protegidos e nenhum se perdeu…”
Diz ainda o apóstolo Paulo que “aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la.”
O amor de Cristo não muda, como já vimos. Ele não está sujeito a alterações de humor.
Nós podemos confiar plenamente no amor de Cristo, assim como vocês psicólogos falam na aceitação incondicional… Aceitação e concordância do lado saudável dos clientes, aceitação e discordância do lado patológico… Posso aceitar incondicionalmente que uma criança faça uma burrada como aquela que nem um burro faria.
Posso aceitar que um pai no zoológico se comporte de tal maneira; ou que as 38 pessoas de Nova Iorque que ouviram o pedido de socorro de Kitty se comportem daquela mesma maneira que as pessoas no zoológico que filmaram e viram o menino travesso… Posso aceitar incondicionalmente mas não concordar…
Fiquem de olho nos suicidas potenciais, naqueles que se embriagam de forma contumaz ao vosso lado, são vizinhos, são parentes, são alunos… São pessoas que fumam e se drogam bem na tua cara… Se sinta constrangido por amor a agir; eu, Deus, vos digo a palavra e repito…
Esse amor nos obriga e nos impele, nos constrange a agir.
E Paulo diz: “Se amamos ao Senhor, temos desejo de empregar tudo o que temos e somos no serviço do Senhor. Temos interesse na causa do reino d’Ele. Queremos ofertar as primícias de nossas vidas a Ele. Valorizamos e investimos bem os talentos que Ele nos confiou.
Paulo diz que somos embaixadores em nome de Cristo, para anunciar as boas novas. Amamos estar na casa do Senhor e nela servir.
O Amor de Cristo nos constrange. Olhe para a cruz de Cristo com novos olhos meu prezado ateu, gora que te expliquei, ainda é pavoroso ,como o braço do menino arrancado, mas é esta consequência que te impeliu a agir no caso daqueles dois garotos que pediam por socorro na lagoa, distantes demais da costa. Tu fostes até lá, para descobrir que ar brincadeira de mau gosto. E o que fizestes? Lembro bem, os pusestes de volta sob ameaça de aí sim, se afogarem de verdade. Choramingando pediram consolo ao pai, não a mim, rs, ao pai deles. E o que o mesmo falou? Lembras? Eu sim. “Meus filhos não correm perigo, são campeões de natação!”
E o que dissestes?: “Se o senhor os ama”, não eu, o pai deles, rs,”deveria ensiná-los que pedir socorro dentro d’água de brincadeira é proibido, é regra de ouro de bons nadadores.”
Então… Meu prezado e querido ateu…
Podemos contemplar o amor e a benção que fluem da maldita Cruz. Trema diante da ira de Deus por causa do pecado e admire o seu doce amor. Pois, podemos encontrar ambos naquela Cruz terrível, ou nas feridas no braço do menino, ou no corpo inerte do colega de escola que se atirou do alto, ou na frente do trem das drogas.

Filme: O Coração Corajoso de Irena Sendler
http://www.youtube.com/watch?v=pwI_RUgPbQg
Baseado na verdadeira história de Irena Sendler, uma assistente social polaca que durante a Segunda Guerra Mundial ajudou a salvar cerca de 2500 crianças Judias, contrabandeando-as para fora do Gueto de Varsóvia. Depois ela acabou presa pelos Nazistas.

A Lista de Schindler
http://www.youtube.com/watch?v=ZXIb2VHEm-E
http://www.youtube.com/watch?v=zS4TGhfLlTI

Sobrevivente do Holocausto em depoimento completamente diferente e eletrizante

Sr. Michel Dymetman (hoje com 89 anos) é um daqueles personagens que, se não existisse, teria mesmo de ser inventado. Sua história, embora pareça de um filme, ocorreu na realidade. Sobrevivente do Holocausto e filho único, ele, que morava na Bélgica, conta a sua epopéia em sua criativa e inteligente fuga – junto com o seu pai – pela França. Chegou à Espanha e à Suiça, mas não conseguiu entrar. Acabou sendo levado, juntamente com o seu pai, ao Campo de Concentração. Reencontrou sua mãe lá onde, com identidade falsa, ludibriou os nazistas passando-se por tradutor, cozinheiro e até médico (entre outras), com tão pouca idade à época. Com emoção, mas também com muito bom humor, ele fala de coração e atinge, profundamente, a alma dos ouvintes. Suas palestras costumam durar cerca de duas horas e meia a três e ninguém sequer pisca de tão interessante. Vale a pena ouvirem um pouquinho do que ele fala aqui, ler seu livro (que é gratuito e está disponível pela internet através do site: http://www.anosdelutas.com.br/livro_a…) e também o convidarem para uma palestra. É muito bacana vermos a organização de seu raciocínio e o enredo eletrizante que magnetiza a audiência. Entre inúmeras passagens interessantes, está como ele fugiu do campo, em uma das vezes, escondido no feno (foi de uma forma muito criativa, corajosa e inteligente) e como o conseguiu resgatar uma nota de 500 dólares e um broche engolidos por seu pai para esconder dos nazistas e que, depois de consertada, ornamentou o vestido de sua neta em seu casamento…

Pequenas coisas
Shemá Primo Levi
Vós que viveis tranquilos
Nas vossas casas aquecidas
Vós que encontrais regressando à noite
Comida quente e rostos amigos:
Considerai se isto é um homem
Quem trabalha na lama
Quem não conhece paz
Quem luta por meio pão
Quem morre por um sim ou por um não
Considerai se isto é uma mulher
Sem cabelos e sem nome
Sem mais força para recordar
Vazios os olhos e frio o regaço
Como uma rã no inverno.
Meditai que isto aconteceu
Recomendo-vos estas palavras.
Esculpi-as no vosso coração.
Estando em casa andando pela rua
Ao deitar-vos e ao levantar-vos;
Repeti-as aos vossos filhos.
Ou então que desmorone a vossa casa
Que a doença vos entreve,
Que os vossos filhos vos virem a cara.

http://www.dailymail.co.uk/news/article-2578482/50-years-later-New-York-murder-fascinates.html

Braço dilacerado pelo Tigre
Braço dilacerado pelo Tigre

Infelizmente, algumas pessoas precisam ver estas imagens para agir da próxima vez.

Infelizmente muitas pessoas continuarão se fazendo de cega, bloqueando em sua mente estas e outras consequências. Se fazendo de cegas.

Hitler padrinho de Goebbels
Hitler padrinho de Goebbels

Por Celso Lugão

Especializações em PSICOLOGIA CLÍNICA E HOSPITALAR. Exerce ATIVIDADE CLÍNICA fazem mais de 30 anos, tendo criado sua abordagem particular de PSICOTERAPIA ESTRATÉGICA. Possui MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL PELA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Atualmente é professor do INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UERJ tendo criado o setor de PSICOTERAPIA ESTRATÉGICA NO SPA DA UERJ EM 1988 e desde então atua como SUPERVISOR desta abordagem. Participou de forma intensiva do PROCESSO DE VALIDAÇÃO DA HIPNOSE como TÉCNICA PASSÍVEL DE SER UTILIZADA PELO PSICÓLOGO, fato este reconhecido pela SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPNOSE e pela SOCIEDADE DE HIPNOSE E MEDICINA DO RIO DE JANEIRO. Possui experiência em várias áreas da psicologia, a saber: EPISTEMOLOGIA DAS PSICOTERAPIAS (DESENVOLVIMENTO DE REFERENCIAIS EPISTEMOLÓGICOS E CLÍNICOS; ESTUDO DAS PERSPECTIVAS ESTRATÉGICA, ESTRUTURAL E SISTÊMICA EM RELAÇÃO AO INDIVÍDUO E A FAMÍLIA) ; PSICOLOGIA CLÍNICA E HIPNOLOGIA (TRANSDUÇÃO DA INFORMAÇÃO MENTE-CORPO, PSICOIMUNOLOGIA, TÉCNICAS HIPNÓTICAS, CORPORAIS, PSICODRAMÁTICAS E ESTADOS ALTERADOS DA CONSCIÊNCIA); TANATOLOGIA (MORTE, LUTO E SEPARAÇÕES); PROCESSOS DISSOCIATIVOS (TRAUMA, DISTÚRBIO DISSOCIATIVO DA IDENTIDADE, SÍNDROME DO STRESS PÓS-TRAUMÁTICO, SÍNDROME DO PÂNICO, SUICÍDIO, DROGADICÇÃO, PSICOSES); E ASPECTOS PEDAGÓGICOS DA SUPERVISÃO (TREINAMENTO, INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO ). (Text informed by the author)

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