Algumas curiosidades

Curiosidades  

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Índice do conteúdo:

Monteiro Lobato e Dona Etimologia.

Significado de catetos e hipotenusa.

                                  Palíndromo e Tautologia.

                                 Títulos de nobreza

                               Curiosidades Lingüísticas

                              Cinestesia, Cenestesia ou Sinestesia e as traduções da Programação Neurolingüística.

                              A nova Biblioteca de Alexandria

Feci quod potui, faciant meliora potentes.” “Fiz o que pude, façam melhor os que puderem”. 

 

Monteiro Lob   Monteiro Lobato escreveu Emília no país da gramática, livro em que a boneca de pano, montada no rinoceronte Quindim, leva Pedrinho, Narizinho e o Visconde de Sabugosa para conhecer os habitantes de um mundo animado. Lá, os neologismos são jovens que andam soltos pelas ruas da periferia, à espera de autorização para morar no centro da cidade. Lá, o Verbo Ser, substância de todos os outros verbos, tosse um pigarro de séculos. Lá, a Senhora Sintaxe governa e dirige a concordância entre todas as palavras.

Lá vive também Dona Etimologia, uma velhinha muito da sabida, cuja casa está sempre entupida de filólogos, gramáticos e dicionaristas. E de escritores. Lygia Fagundes Telles, por exemplo, gosta muito de visitá-la para descobrir onde nasceram, que filhos têm, qual a essência de certas palavras aparentemente tão desprovidas.

Recentemente, Dona Etimologia resolveu fazer marketing e divulgar melhor os seus conhecimentos. Tem certeza de que vai aparecer no “Jô” para contar ao público a história que se oculta por trás da face às vezes inofensiva de palavras que usamos sem a menor consciência.

Dona Etimologia sabe que enfezada é aquela pessoa que está cheia de fezes, e se sente mal, e briga com todo mundo, cheia de coisa ruim por dentro.

Dona Etimologia sabe que cosmético vem de cosmos. A mulher, quando sente que seu rosto está um caos, precisa dar uma ordem, organizar-se com batom, rímel, sombra, delineador, corretivo etc.

Dona Etimologia sabe que parabéns é uma advertência: — Você ganhou um carro? Parabéns. Para bens, para coisas boas, e não para males, certo?

Dona Etimologia sabe que ambição é querer ambas as coisas, é querer tudo, como ambulância é aquele veículo que anda para ambos os lados, para todos os lados, num constante ir e vir.

Dona Etimologia sabe todas as línguas, que guardam segredos intraduzíveis. Em inglês, por exemplo, friend, amigo, e freedom, liberdade, têm a mesma raiz. Pois uma grande amizade deixa-nos realmente à vontade.

Dona Etimologia sabe que aluno provém do verbo latino álere, que significa nutrir, alimentar, sustentar. O bom aluno se alimenta… do professor.

  Monteiro Lobato   Dona Etimologia sabe que atestado de óbito é um documento sobre alguém que resolveu obire, outro verbo no latim, que significa ir na frente.

É, Dona Etimologia vai à luta: pretende publicar um novo dicionário, e abrir-nos os olhos para a verdade original das palavras.

Sobre o autor:

Gabriel Perissé (perisse@uol.com.br), carioca, 37 anos, Mestre em Literatura Brasileira pela USP, é professor universitário, coordenador-geral da ong literária PROJETO LITERÁRIO MOSAICO (www.escoladeescritores.org.br), criador e apresentador do programa de TV LER, PENSAR E ESCREVER, autor de um livro com este mesmo título (www.arteciencia.com.br/referencia/lerpensar2.htm), e autor de dicas gramaticais e etimológicas para o ZAZ (www.zaz.com.br/vestibular).

 
 
 

O que significa CATETOS?

          Math 4                                                                                                                                                                                                                                          CATETO em grego significa ” os que são perpendiculares”

ou seja formam um ângulo de 90º.

HIPOTENUSA em grego ” o que fica por baixo”, pois eles colocavam o triângulo de madeira sobre a mesa e a hipotenusa ficava sob a mesa.

(hip.)² = cat² + cat²

hip² = 15² + 25²

hihp = V(15² + 25² ) = …….onde V = raiz quadrada

Math 2

 

 O QUE É UM PALÍNDROMO? 

 

Um palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita e ao  contrário.

Exemplos:

OVO, OSSO, RADAR.

O  mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase;
é o caso do  conhecido:

 

SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.

Diante do interesse pelo assunto (confesse, já leu a frase ao contrário), tomei a liberdade de seleccionar alguns dos melhores palíndromos da  língua de Camões… Se souber de algum, acrescente e passe adiante.

ANOTARAM A DATA DA MARATONA

ASSIM A AIA IA A MISSA

A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA

A DROGA DA GORDA 

A MALA NADA NA LAMA

A TORRE DA DERROTA

LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA:
ANIL  É COR AZUL 

O CÉU SUECO

O GALO AMA O LAGO

O LOBO AMA O BOLO

O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO 

RIR, O BREVE VERBO RIR

A CARA RAJADA DA JARARACA

SAIRAM O TIO E OITO MARIAS

ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ

 

PROFUUUUUUNDO!

ISSO É QUE É CULTURA!!!!

 

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O que é tautologia?

 

É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem.
Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso ‘subir para cima’ ou o ‘descer para baixo’.

Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:

– elo de ligação
– acabamento final
– certeza absoluta
– quantia exacta
– nos dias 8, 9 e 10, inclusive
– juntamente com
expressamente proibido
– em duas metades iguais
– sintomas indicativos
– há anos atrás
– vereador da cidade
outra alternativa
– detalhes minuciosos
– a razão é porque
– anexo junto à carta
– de sua livre escolha
– superávit positivo
todos foram unânimes
– conviver junto
– facto real
– encarar de frente
– multidão de pessoas
– amanhecer o dia
– criação nova
– retornar de novo
– empréstimo temporário
– surpresa inesperada
– escolha opcional
– planear antecipadamente
– abertura inaugural
continua a permanecer
– a última versão definitiva
possivelmente poderá ocorrer
– comparecer em pessoa
– gritar bem alto
– propriedade característica
demasiadamente excessivo
– a seu critério pessoal
– exceder em muito

Note que todas essas repetições são dispensáveis.

Por exemplo, ‘surpresa inesperada’.

  

Títulos de Nobreza

Na Idade Média, o monarca dava terras e autoridade aos súditos mais poderosos
DUQUE
Depois do rei, era o nobre mais poderoso, recebendo grandes extensões de terra para administrar. Os primeiros duques vieram do Império Romano, onde os comandantes militares eram agraciados com o nome de dux (“aquele que conduz”, em latim). Seguindo a tradição, países como Espanha e Portugal davam o título a seus maiores generais
 
 
 
 

 

 

MARQUÊS
Abaixo do duque na hierarquia da nobreza, o marquês governava os marquesados, áreas do tamanho dos estados atuais. Alguns tomavam conta dos territórios reais localizados em fronteiras, lutando para evitar invasões. A origem do nome deixa clara essa função: em latim, marchensis significa “o que fiscaliza as marcas”

CONDE
Assessorando o rei num monte assuntos, do recolhimento de impostos aos combates militares, o conde era tão importante no dia-a-dia dos reinos que tinha até um substituto para suas ausências, o visconde.
O conde também administrava os condados, área menor que os marquesados. O título vem do latim comes, “aquele que acompanha”

VISCONDE
Era o substituto do conde — em latim, vicecomes significava vice-conde.
Esse título de nobreza, assim como o de barão, surgiu bem mais tarde, apenas durante o século 10. Em termos administrativos, os viscondes podiam dirigir pequenos territórios, do tamanho de vilas

BARÃO
Mais um título criado com o feudalismo já em decadência. A honraria era concedida a súditos fiéis dos reis, geralmente homens ricos. As terras governadas pelos barões eram ainda menores, do tamanho de fazendas ou sítios. Em sua origem germânica, a palavra barão significa “homem livre”

 

 

 

Curiosidades Lingüísticas

 
Moeda, moneda, money… todos têm origem no nome da deusa Moneta, deidade do templo romano onde eram cunhadas as moedas imperiais. (Fonte: As línguas do mundo, de Charles Berlitz).
Chamamos de suíte, em português, o quarto adjunto ao banheiro. O termo se originou do francês, “la chambre ensuite la salle de bain”, do qual tomamos emprestado só um pedacinho.
O terno, palavra que designa o conjunto do vestuário masculino composto por calça e paletó de mesmo tecido, tem esse nome porque era originalmente composto de três peças, sendo a terceira peça o colete.
Os japoneses, assim como os brasileiros, têm bastante dificuldade em pronunciar palavras que terminam em consoantes. A solução, para os brasileiros, é geralmente colocar um não-tão-discreto “i” no final das palavras, e o programa “Word”, por exemplo, vira “Wordi”. Já os japoneses preferem o “u”. Então, para facilitar (já que outra conhecida dificuldade dos japoneses é pronunciar o “L”), até adaptaram o internacionalmente conhecido McDonalds para Makudonarudo.
A etimologia de uma palavra pode ser extremamente poética. Esse é o caso da palavra nostalgia, que vem do grego nostos (retorno para casa) e algia (dor, aflição). Nostalgia seria, portanto, o suave sofrimento que nos traz a “volta para casa”, ou seja, as lembranças de um tempo que já passou.
O nome correto do Canal da Mancha deveria ser Canal da Manga, segundo Cláudio Moreno, autor de “O prazer das palavras”. O erro seria conseqüência da tradução equivocada do nome dado pelos franceses, La Manche, que não significa “a Mancha”, mas sim “A Manga”. Os alemães e os italianos foram mais fiéis à lingua francesa e chamam o canal, respectivamente, de ÄrmelKanal (Canal da Manga) e La Manica (A Manga).
Às vezes, palavras de sentido bastante diverso e mesmo de classes gramaticais diferentes têm a mesma etimologia. Esse é o caso do substantivo ilusão e do adjetivo lúdico. Ambos derivam do Latim illudo (brincar com, zombar).
A palavra hospital veio do latim hospit, ou hóspede. Se é para ser hóspede, garanto que a maioria das pessoas prefere ser hóspede em um hotel!
Em muitas línguas, ainda que de origem etimológica diferente, a palavra para expressar a idéia do ser supremo é escrita com quatro letras. Alguns exemplos: Deus (latim e português), Dios (espanhol), Teos (grego), Gott (alemão), Godh (dinamarquês), Goth (sueco), Godt (Holandês), Ball (Fenício), Alah ou Amir (árabe), Deva (sânscrito), Coru (persa), Papa (inca), Kami (japonês), Rama (hindu).
Tanto Champagne como champanha são nomes que não podem ser usados pelas vinícolas, a não ser que a bebida seja realmente produzida na região de Champagne, na França. Assim, os diferentes países criaram a própria nomenclatura: sekt na Alemanha, cava na Espanha, prosecco na Itália, sparkling wine na Inglaterra e espumante nos países de língua portuguesa.
Quase todo mundo sabe que o nome do nosso país foi dado a partir de uma riqueza da nossa terra, muito abundante na época do descobrimento,o pau brasil. O que poucos sabem é que o nome do nosso país vizinho, a Argentina, também vem de uma riqueza bastante cobiçada naquela época: a prata, ou argenta, em latim.
A nitidez da imagem em televisores, monitores de computador, scanners e outras tecnologias baseadas na imagem é medida em pixels. Pixel é, na verdade, uma combinação “sonora” de duas outras palavras: picture cell. Por isso, quanto maior o número de pixels (células de imagem), mais nítidez.
A palavra entusiasmo vem, segundo o frei Leonardo Boff, de en Theos mos, ou seja, ter Deus dentro. Deve ser por isso que as pessoas entusiasmadas pela vida, pelo trabalho e por aprender parecem irradiar uma certa luz…
O nome Papai Noel veio do francês, Père Noel, sendo Noel uma provável derivação da própria palavra Natal, que por sua vez deriva de Natalis dies, ou dia do nascimento. Já o nome inglês para o bom velhinho, Santa Claus, se originou de Klass, a forma reduzida de Niklass (Nicolau, em alemão). Como se sabe, vários países associam a figura de Papai Noel a São Nicolau. Ele foi um bispo em Myra, na Ásia, durante o século IV.
Bíblia é, na verdade, o plural da palavra grega Bíblion, que significa livro. A palavra Bíblia passou para o latim como o conjunto dos livros sagrados que formam o antigo e o novo testamento.
A expressão “saber alguma coisa de cor” (by heart, em inglês) e o verbo decorar surgiu da crença, na Antigüidade, de que o centro da inteligência e da memória estava no coração.
A palavra Tango, quem diria, tem origem africana. Em alguns dialetos africanos, a palavra tan~go significa “lugar fechado onde as pessoas se encontram”. No final do século XVIII os escravos chamavam de Tango o lugar onde eles se encontravam para tocar música e dançar. A história do Tango como marca registrada da cultura argentina começa por volta de 1870 e foi uma combinação de diversos estilos musicais. (Fonte: Mónica Hass de la Conte, no livro “The Tango”)
Satã, um dos vários nomes do diabo, veio do hebraico satan, que significa, simplesmente, adversário. Ao que parece, algumas torcidas organizadas já sabiam disso, a julgar pelo fanatismo com que se comportam perante os adversários nos jogos de futebol…
Embora haja versões de que SOS seria uma sigla para “Save our Souls” (salve nossas almas) ou “Save our Ship” (salve nosso navio), segundo a Encyclopedia of Word and Phrase Origins, de Robert Hendrickson, essas letras não significam nada e foram escolhidas porque qualquer operador de código Morse, mesmo com pouca experiência, poderia lembrar e executar facilmente a mensagem. No Código Morse, SOS ficaria assim: três pontos, três traços, três pontos. (…—…)
Cada vez mais, a prática de Yoga vem conquistando espaços na sociedade. A palavra Yoga provém do sânscrito yug e significa união. Refere-se à união do corpo, da mente e das emoções, no sentido de obter um equilíbrio entre estes três aspectos. Nada mais desejável, então, do que trabalhar esta união também no ambiente escolar. Se você se interessa pela idéia, visite o site http://www.ced.ufsc.br/yoga/yoga.html
Segundo Ricardo Schütz, na página sobre a história das palavras do site EMB, palavra etimologia, etymology em inglês, vem do grego étumos (real, verdadeiro) + logos (estudo, descrição, relato) e significa hoje o estudo científico da origem e da história de palavras. Nem sempre, entretanto, a etimologia das palavras é a correta, e nos Estados Unidos existe (ou, pelo menos, existia) até um concurso de falsa etimologia. Em uma de suas edições, a falsa etimologia vencedora foi a da palavra politician (político, em português): a palavra viria do grego poli (muitos) + tête (cabeça, em francês). Político seria, então, o indivíduo com muitas caras.
Muitas vezes, a criação das palavras ocorre a partir de um engano. “Vitamina”, que tem forma semelhante em várias línguas, é uma delas. O bioquímico americano que a inventou usou a palavra latina vita (vida) associada a “amine”, pois acreditava que um aminoácido estava presente nessas substâncias orgânicas necessárias à boa saúde. Na verdade, os aminoácidos nada tem a ver com a história.
No inglês, todos sabem, as palavras tendem a encolher. Mathematics virou math, bycicle é chamada de bike e gymnasium agora é gym. O que nem todo mundo sabe é que esse encolhimento de palavras acontece em outras línguas, também. Segundo Reinaldo Pimenta, em latim estrada era chamada de via lapidibus strata, ou via coberta de pedras. Depois, diminuiu para via coberta, e depois só coberta, ou strata, que originou a palavra em português.
A palavra grève, que em francês significa a faixa de areia junto ao mar ou a um rio, é que deu origem à palavra “greve” em português. Mas nem todos os autores concordam nos caminhos que a palavra tomou para ter o sentido que tem hoje. A versão que eu conhecia era de que essa faixa de areia era considerada terreno neutro; assim, os trabalhadores que paravam em protesto por melhores salários iam para lá, pois não poderiam ser presos. Outra versão é que existia uma praça de areia à beira do rio Sena, cujo nome era Place de Grève. Lá funcionou a Bolsa do Trabalho, que cadastrava trabalhadores desempregados. Esse lugar passou a ser, mais tarde, o ponto de encontro onde os funcionários que paravam deliberadamente de trabalhar promoviam atos reivindicatórios.
Algumas línguas, como o Italiano e o Hebraico, utilizam a mesma palavra para cumprimentar e se despedir. O nosso “tchau” veio do italiano Ciao, que se origina, por sua vez, de schiavo, ou escravo. O sentido da expressão era, portanto, “eu sou seu escravo”. Metaforicamente falando, claro. Já os israelitas desejam paz, ou Shalom, aos que chegam e aos que se vão. Do jeito que as coisas andam no Oriente Médio, até que não é má idéia.
O termo nepotismo tem sido usado com tamanha freqüência no noticiário político brasileiro que poderia ser confundido com um jargão jornalístico recente. Na verdade, a palavra nepotisme existe na França desde 1653, e foi incorporada no vocabulário português em 1716, segundo o dicionário Houaiss. Nepotismo vem de nepote, que significava sobrinho (ou, mais genericamente, qualquer parente) do Papa, e passou a designar o protecionismo e benesses concedidos a pessoas devido ao seu grau de parentesco com autoridades.
Apesar de considerarem o seu país The land of the free and the brave (A terra das pessoas livres e corajosas), a liberdade dos americanos não se manifesta na linguagem considerada obscena. Embora a palavra fuck exista, de forma impressa, desde 1503, foi praticamente banida de todas as publicações nos Estados Unidos a partir do século VXIII, só reaparecendo em 1960, depois que a Grove Press ganhou na justiça a permissão para usá-la legalmente no livro “O amante de lady Chatterley.” Por causa de “fuck” e de “shit”, a expressão four letter word (palavra de quatro letras) adquiriu, em inglês, o sentido de palavrão.
Todos os anos, milhões de pessoas no mundo –inclusive professores de inglês– se perguntam por que raios as estatuetas dadas como prêmio pela Academia de Hollywood se chamam “Oscar”. Segundo explica Márcio Bueno, autor do livro A origem curiosa das palavras, em 1931 a secretária-executiva da entidade olhou a estátua –oficialmente chamada de “Academy Award of Merit” e disse: “Ele se parece com o meu tio Oscar”. E o apelido pegou, a princípio apenas nos bastidores do concurso. Foi em 1934 que o termo passou para os jornais através da coluna de um crítico cinematográfico, tornando-se assim conhecido do grande público.
Nem só de doenças vivem as epidemias e pandemias. O horroroso, pseudo-intelectual e pernóstico “a nível de” já infesta, além do português, o francês (au niveau de), o espanhol (a nivel de) e o italiano (a livelo de). Segundo o professor e doutor Cláudio Moreno, que escreveu um interessantíssimo artigo sobre o assunto no Jornal Zero Hora de 26/08/03, o “a nível de” deixa o usuário confiante, orgulhoso, crente de que está abafando. Essa é uma das chaves da popularidade da expressão, que “serve em qualquer fechadura” e poupa o usuário de escolher a forma mais adequada para cada frase entre locuções como em relação a, quanto a, no que se refere a, relativamente a, no que tange, no que respeita, no âmbito, numa escala, na esfera, no que concerne, no ponto de vista de.
As nossas amigdalas, carnes esponjosas que protegem de infeção o sistema respiratório, têm esse nome em função da sua forma, que lembra duas amêndoas (amygdalas, em latim). Conforme a explicação de Márcio Bueno, autor de “A origem curiosa das palavras”, o termo se manteve quase inalterado porque chegou aos dias atuais por via culta (sobretudo através de profissionais da área médica). Já o nome da fruta em si mudou bastante porque, ao ser transmitido oralmente através das gerações, sofreu influências e modificações até se tornar “amêndoa” em português.
A palavra morcego tem sua origem no português antigo, em que rato era chamado de “mur”. Mur cego era, portanto, um rato cego. Os morcegos tem, de fato, uma visão bem limitada, mas a compensam com um sistema de gritos ultrasônicos que funcionam como um radar com o qual mapeiam com precisão o ambiente.
A palavra latina mediocris, que deu origem ao termo “medíocre”, em português, originalmente não tinha uma conotação pejorativa. Significava, simplesmente, médio ou mediano. Também ordinário, cuja cognata no inglês (ordinary) quer dizer “comum”, acabou adquirindo em português um sentido negativo. Pelo jeito, o que é médio e comum não é bom o suficiente para nós!
Algumas palavras, apesar de bastante diferentes em duas línguas, podem seguir a mesma lógica. ‘Sombrinha” em português, por exemplo, pode dar a impressão que não tem nada a ver com a palavra “umbrella” em inglês. Até aprendermos que umbro quer dizer sombra, em latim. A propósito, a palavra “penumbra” significa “quase (pen) na sombra”.
A criatividade dos falantes nativos da língua inglesa é um problema para os lexicógrafos, ou seja, os autores de dicionários. Segundo estimativa de Graeme Diamond, editor do Oxford English Dictionary (OED), cerca de 3 mil palavras são criadas por ano em inglês. Como não se sabe quais termos vão cair no esquecimento e quais vão ser incorporados ao vocabulário das pessoas, o critério do OED é que uma palavra ou expressão precisa ser usada por no mínimo cinco anos por uma parcela significativa da população para que se considere incluí-la.
A palavra informática é uma das poucas, na área da computação, que não veio do inglês. O nome, uma combinação de informazione com matemática, foi criado ainda na década de 70 pelos italianos.
Não são apenas os animais correm o risco de extinção: várias línguas faladas no mundo também estão ameaçadas de serem erradicadas do planeta. Consideram-se línguas ameaçadas de extinção aquelas que têm menos de 100 mil falantes. Por esse critério, cerca da metade das quase 6.000 línguas faladas no mundo, aí incluídas todas as línguas indígenas do Brasil, correm o risco de desaparecer.
A palavra whiskey, já aportuguesada para uísque, veio do Gaélico que, por sinal, é uma das línguas ameaçadas de extinção de que falávamos acima. O gaélico é falado na Irlanda e na Escócia pelos Celtas. Em gaélico, uisge significa água.
A palavra Atlas, usada em várias línguas para designar a coleção de mapas que registram a geografia do planeta, vem do grego. Era o nome de um titã que, castigado pelos deuses, devia suportar o mundo, carregando-o nos ombros. Na mitologia grega, os Titãs eram gigantes que lutavam contra Júpiter.
Uma das cenas mais marcantes da copa de 2002 foi o Cafu levantando a taça e declarando o seu amor à mulher, Regina. Regina, em latim, significa rainha. Pelo jeito a Regina de Cafú não poderia ter um nome mais adequado, pois reina com toda a certeza no coração do jogador.
O húmus, aquela terra preta que é fonte de matéria orgânica para a nutrição do solo, tem a mesma origem etmológica das palavras humildade e humilde. Em latim, humus quer dizer chão, dando origem ao adjetivo humilitas, “que está no chão”. Humble, a palavra humilde em inglês e em francês, tem a mesma etimologia.
Há na cidade do Rio de Janeiro um bairro chamado Ilha de Guaratiba. É um bairro interiorano, não é uma ilha. As terras teriam pertencido a um inglês chamado William. De corruptela em corruptela, virou ilha: William, Uiliam, uília, ília, ilha. (Colaboração: Lúcio Wandeck)
A palavra “deliberar” vem de libra, que, como todos os simpatizantes por astrologia sabem, significa balança em latim. Deliberar é, pois, decidir depois de “pesar” os diferentes argumentos de uma questão.
A palavra “quadro negro” é duplamente equivocada. Primeiro, porque poucos quadros ainda são negros; segundo, porque “quadru”, em latim, significa quadrado, e a maioria dos quadros (verdes, brancos) usados nas escolas são, de fato, retangulares.
A palavra “pederasta” nem sempre teve uma conotação negativa. De paidós (criança, em grego) e erastés (apaixonado), originalmente denotava a relação afetuosa entre mestre e aluno, marcada pela admiração.
cebolinha4A etimologia de algumas palavras pode nos enganar. A palavra palmatória, significando o instrumento de punição tão temido nas salas de aula de antigamente, não vem de “palma” da mão, como se poderia esperar. Palmatoria é palmeira em latim. Dessa árvore fazia-se a palmatoria ferula, ou varinha de palmeira, com que também se aplicavam castigos físicos.
A expressão “Eureca!” deveria ser escrita “Heureca!”, segundo os dicionários Aurélio e Houaiss que, no entanto, consideram ambas as grafias corretas. Em outras línguas, a expressão de alegria supostamente usada por Arquimedes ao descobrir a lei do empuxo é escrita com “H” no início e “k” na última sílaba, já que vem do verbo heurisko (“achar ou descobrir, em grego). Heureca é uma conjugação desse verbo, mais precisamente a 1a. pessoa do singular do pretérito. Literalmente, portanto, significa “Achei!” ou “Descobri!”.
Xerox não é, como se poderia pensar, o sobrenome do seu inventor. Na verdade, as cópias xerográficas foram inventadas por uma dupla de físicos, Chester Karlson e Otto Kornei, em 1948. O termo vem do grego Kserós, que significa seco. Diferentemente dos processos fotográficos até então convencionais, a xerografia não usa líquidos de revelação. (Fonte: A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta).
As notas musicais foram criadas por um monge em Toscana, na Itália, por volta de 1030. O monge Guido, mestre do coro da catedral de Arezzo, utilizou-se das primeiras sílabas dos versos de um hino a São João Batista: ut, re, mi, fa,sol, la. No século XVII, foi acrescentada a sétima nota, si, iniciais de Sancte Ioaness (São João). Só no século XVIII a primeira nota mudou de ut para dó. (Fonte: A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta)
O tchocolati fabricado pelos astecas, que deu o nome ao nosso apreciado chocolate (outra palavra cognata em diversos idiomas), era bastante diferente do chocolate que conhecemos e apreciamos atualmente. Além de líquido e quase tão escuro quanto café preto, era temperado com especiarias.
O “Rom” do CD-rom é uma sigla para “read-only memory”, ou seja, memória apenas para leitura. Acho importante frisar que a pronúnia correta é “rôm” e não “rum”, como freqëntemente se ouve, inclusive de professores de inglês.
Freqüentemente associa-se a malária a países tropicais. O nome da doença, entretanto, vem do italiano mal’aria, ou ar ruim. A doença foi por muito tempo associada à cidade de Roma, pois havia, nos arredores da cidade, pântanos que eram verdadeiros berçários para os mosquitos.
O prosaico jogo de Dominó pode ter um nome “divino”. É que, embora tenha sido inventado na China dois séculos antes de Cristo, era um jogo muito apreciado pelos monges medievais. A cada boa jogada ou quando venciam a partida, eles agradeciam: Domino Gratias! ou Graças a Deus!
O prefixo grego tele, que significa longe ou distante, está presente em inúmeras palavras que são cognatas em várias línguas, como telefone (tele + phone= som distante), telescópio (tele+ scopos=observador distante), telegrama (tele + gramma= letra distante) e telepatia (tele + pathos= sentimento distante). (Fonte: Idiomas: Histórias Interessantes das Linguas, de Amir Mattos).
A palavra decibel (um décimo de Bel, que é uma medida de som) é uma homenagem ao inventor do telefone, Alexander Graham Bell.
A palavra hipócrita, que é cognata em várias línguas, vem do grego Hypokrites, que significava ator. Hipócrita, portanto, é aquele que encena, fingindo-se de uma coisa que não é.
Túlipa ou tulipa são as duas pronúncias possíveis em português do nome da flor, conforme se aproxime a palavra do inglês tulip ou do francês tulipe. Porém, são o italiano tulipano (m.) e o castelhano tulipán (m.), os nomes que estão mais perto da sua etimologia, tülbend, a palavra turca para turbante. De fato, as túlipas têm a forma de um turbante invertido, e daí o seu nome. A tulipa foi trazida da Pérsia para a Holanda, em 1593, pelo botânico francês Charles de l’Ecluse conhecido sob o nome de Carolus Clusius. (Fonte: prof. Arlindo Correia).
A palavra grega que originou o atualíssimo termo “clone” significa broto. Biologicamente falando, clone é a cópia idêntica de um ser vivo produzida artificial e assexuadamente. A prática da clonagem, entretanto, não é nova; já nos anos 50 os embriologistas conseguiram clonar sapos adultos a partir de uma única célula.
Chá, em inglês, é tea, certo? Não necessariamente. Na Inglaterra, a palavra chá também existe e é usada, às vezes como um “r”a mais (char). Tanto chá quanto tea originaram-se na China, mas a partir de línguas diferentes do país. Chá veio do mandarin (ch’a) e tea veio de um dialeto do chinês (t’e). O Mandarin é falado principalmente no norte da china e pelas pessoas mais educadas do país.
O termo graffiti é o plural de graffito, que, em italiano, significa rabisco. Os primeiros a utilizar a palavra no sentido que é conhecido internacionalmente foram os arqueólogos, no século XIX, para designar as inscrições e desenhos realizados nas paredes, muralhas e monumentos das antigas cidades.
As garrafas plásticas recicláveis de refrigerantes são chamadas garrafas PET. Esse termo, apesar de ter se originado do inglês, nada tem a ver com “pet” no sentido de animal de estimação. PET é uma sigla para Poly Ethylene Terephthlate ou, em português, politereftalato de etileno. Explicou-me o prof. Marcos L. Dias que um polímero é um material formado de moléculas muito grandes, que tem na sua estrutura química unidades que se repetem (poli=muitos e mero=partes). Os plásticos, borrachas e fibras sintéticas (as chamadas fibras de poliéster) são polímeros.
Alguns termos científicos têm origens bem pouco científicas. A palavra “bactéria”, por exemplo, vem de backterion, que é o diminuitivo em grego de baktron, galho. Ao observar pela primeira vez as bactérias no microscópio, aproximadamente em 1847, os cientistas acharam-nas muito parecidas com galhinhos, e resolveram batizá-las de acordo.
A palavra “gringo”, para desigar cidadãos dos Estados Unidos, provavelmente se originou da cor verde dos uniformes americanos durante a guerra contra o México. Seria uma modificação uma dessas duas possibilidades: “Green, go” (Verdes, vão embora) ou “green coat” (os homens de) casaco verde. Segundo a Encyclopedia of Word and Phrase Origins, de Robert Hendrickson, a palavra pode ainda ter se originado de uma música cantada pelos americanos durante essa mesma guerra que começaria pelo verso “Green grow the rashes O”. Finalmente, havia ainda um major americano de nome “Ringgold”, que se parece com a pronúncia de gringo sem o “g”. em algumas regiões do Brasil, “gringo” também se aplica a estrangeiros de outras nacionalidades além da americana, ou mesmo a pessoas de pele muito clara.
A palavra Laser é uma sigla que significa Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation. Se a sigla existisse em português, seria ALEER (Amplificação da Luz por Emissão Estimulada da Luz).
De acordo com a Bíblia, em Gênesis, no princípio todos os homens da terra falavam a mesma língua. Os habitantes da cidade de Babel, entretanto, teriam decidido construir uma torre até o céu, o que atraiu a ira de Deus. Como punição, Ele confundiu a língua de todos, criando os vários idiomas que nós conhecemos hoje. Babel e Babilônia são a mesma cidade.
Para os surdos congênitos, a língua de sinais (no caso do Brasil, Libras), é considerada a sua língua natural. Como a sintaxe da comunicação gestual é bastante diferente da língua falada, o aprendizado do português, mesmo na sua forma escrita, apresenta tantas dificuldades quanto o aprendizado de qualquer outra língua estrangeira.
A palavra “adolescente” vem do particípio presente do verbo em latim adolescere, crescer. Já o particípio passado, adultus deu origem à palavra “adulto”. Em português, as palavras seriam equivalentes a “crescente”e “crescido”, respectivamente. Apesar de consideramos a fase da adolescência uma “invenção sociológica” relativamente recente, a palavra adolescente é cerca de cem anos mais antiga do que a palavra adulto. (Fonte: Word and Phrase Origins, de Robert Hendrickson)
A palavra absurdo, cognata em muitas línguas, é um termo que veio da música. O seu orifginal em latim significava “fora do tom ou de harmonia”. Foram os romanos os responsáveis por começar a usar a palavra com o sentido figurativo que conhecemos hoje.
Há cerca de 2.796 línguas no mundo, divididas em pelo menos 60 famílias. Isso sem contar os 8.000 dialetos ou variantes. Esse número tende a diminuir, entretanto, devido à aproximação de países e culturas via globalização.
Oxalá! (em castelhano, ojalá! ) , que tem origem na expressão árabe “ua xá illáh, que quer dizer “e queira Deus!” Outra curiosidade:em português e espanhol, as palavras derivadas do árabe conservaram em geral o artigo al, ao contrário do que aconteceu noutras línguas. Assim, dizemos alcaparras (em português e castelhano), mas os franceses dizem câpres e os italianos capperi. Dizemos alcatrão (alquitrán em castelhano), mas em francês diz-se goudron e em italiano catrame. Fonte: http://arlindo_correia.tripod.com/101001.html
A palavra náusea vem de naus, que em grego quer dizer navio. Nausia era, a princípio, a palavra grega que designava enjôo em alto mar. Foi “importada” por outros idiomas (português, espanhol, inglês, francês e italiano) significando qualquer mal-estar estomacal que induza ao vômito
A palavra “cretino” tem uma etimologia um tanto surpreendente: vem de “cristão”. Mas não tire conclusões apressadas! Na idade Média, em vales isolados dos alpes suíços,a ausência de iodo na comida fez surgir indivíduos deformados e com inteligência reduzida. Para que as pessoas os tratassem com compaixão, os padres lembravam que essas criaturas também eram cristãos (em francês, chrétien; no dialeto da região, cretin.) Fonte: Revista Superinteressante, dez/2001.
Etimologicamente falando, todas as mães (e pais) são, em essência, pedagogos. O termo pedagogia vem do grego paidós (criança) e agodé (condução). O pedagogo é aquele, portanto, que conduz crianças. Andragogia seria um termo mais preciso quando nos referimos à educação (ou condução) de adultos.
Como muitos já sabem, a expressão “L.A.” é uma abreviatura de “Los Angeles”. O que quase todos desconhecem é que também “Los Angeles” é uma forma bem abreviada do nome original da cidade: El Pueblo de Nustra Señora la Reina de los Angeles de Porcinúncula”. Ou seja, entre o nome original e o apelido “L.A”, lá se vão 52 letras. (Fonte: The facts on File Encyclopedia of Word and Phrase Origins).
Até os cachorros falam línguas diferentes, ou pelo menos os seus donos ouvem línguas diferentes quando eles latem. No Brasil, as pessoas dizem que os cães fazem “au, au”; na Tailândia, que fazem “hong,hong”, na Argentina, “gua-gua”, no Japão, “won-won”, e nos Estados Unidos, “bow-wow”. A questão é… será que cachorros de diferentes nacionalidades se entendem?
Embora quase metade das palavras em inglês tenham origem latina, poucas foram incorporadas durante os quase 400 anos de ocupação romana da Grã Bretanha (anos 43 a 410). A grande maioria das palavras de origem latina foram introduzidas na língua inglesa durante e depois da renascença.
O oceano Ártico tem esse nome por estar situado sob a constelação Ursa Menor, no Pólo Norte. Arctus é urso, em grego. Já o continente Antártico, mais comumente chamado Antártida, em português, é o que está em oposição ao Ártico (portanto, anti-ártico) no Pólo Sul.
A palavra morfina, que, como vários outros termos médicos, é cognata em diferentes idiomas, obteve seu nome de Morfeu, deus dos sonhos. O nome Morfeu, criado pelo poeta romano Ovídio, vem do grego “morphe”, que quer dizer “forma”. O nome seria, portanto, uma alusão às formas que enxergamos nos sonhos.
O termo “dengue” é um substantivo masculino no português, portanto “o dengue”. Foi utilizado pela primeira vez no Caribe para designar uma febre extremamente violenta provocada pelo mosquito Aedes aegypti. A palavra originou-se da adaptação espanhola de ki denga pepo, que na língua dos nativos da região significava “cãimbra causada por espíritos maus”. O dengue ocorre sob duas formas: a mais branda, cujos sintomas desaparecem em cerca de uma semana, e a hemorrágica, que pode ser fatal.
O período da quaresma inicia no Carnaval e termina na Páscoa. A palavra Carnaval está justamente relacionada ao espírito de purificação e penitência e à tradição cristã de não comer carne no período que precede a paixão de Cristo. “Carnaval” deriva do latim carnelevamen (tirar a carne), que depois modificou-se para carne, vale (adeus,carne). Os Carnavais mais famosos do mundo acontecem em Veneza, Londres, Port of Spain, Nova Orleans e Rio de Janeiro.
Não é só no Brasil que a cultura árabe anda lançando moda. O termo francês écharpe, usado também no português, vem de icharb, o lenço que as mulheres árabes usam para cobrir a cabeça, deixando só o rosto à mostra.
A palavra “asterisco” vem do grego asteriskós, que é o diminuitivo de aster, estrela. Embora seja um termo cognato em várias línguas (asterisk em inglês, astérisque em francês e asteristico em espanhol), a língua alemã partiu para uma tradução literal: sternchen (estrelinha).
A palavra alfabeto deveria ser, a bem da precisão, “alfabeta”. Afinal, a origem dessa palavra, cognata em muitas línguas, são as primeiras letras do alfabeto grego, alfa e beta. O alfabeto é uma das mais importantes invenções do homem, e a sua origem vem sendo estudada, discutida e polemizada há vários séculos. Tudo leva a crer, porém, que foram os fenícios os seus inventores.
O símbolo @ já existe desde os tempos do Império Romano, quando representava a palavra latina “ad”, da qual adveio o “at”, em inglês. Graficamente, o @ latino procurava representar, ainda que forma meio tosca, um pequeno “a” dentro de um “D”. Já em português, o @ representa a arroba, uma medida de peso equivalente a 15 quilos. A palavra arroba origina-se de um termo árabe que também designa peso, ar-rubá. (Fonte: Odisséia Digital 2)
A palavra “cookie” em inglês, que já é conhecida e usada internacionalmente com o sentido de “biscoito”, vem do holandês koekje, diminuitivo de bolo. Em informática, “cookie”significa ainda um tipo de arquivo que alguns sites “plantam” no computador do usuário para rastrear suas futuras visitas na internet. Mas não se preocupe: o Língua Estrangeira não plantou biscoitinho algum…
O termo “genocídio”, crime de que está sendo acusado Slobodan Milosevich pelos massacres na antiga Iugoslávia, é relativamente novo: a palavra foi criada pelo professor Raphael Lemkin da Duke University e usado para se referir aos criminosos nazistas em 1945. A palavra vem do grego “genos” (=raça) e do latim “cadere” (= matar).
A palavra grega “pathos”, usada em muitas línguas como raiz de palavras relacionadas à medicina (como patologia, por exemplo), tem duplo sentido. Por um lado significa doença; de outro, significa paixão.Uma “paixão patológica” seria, portanto, uma redundância.
O “til” (tilde, em inglês) costumava ser a própria letra “N”, indicando que a letra sobre a qual estava escrita deveria ser lida com som nasal. Com o passar do tempo, o “N” foi perdendo os seus ângulos agudos para se tornar a linhazinha curva em formato de onda que conhecemos hoje.
De acordo com a revista Veja, Antraz não é uma boa tradução para a palavra “Anthrax”. Anthrax é uma palavra que vem do grego e significa “carvão”. A forma cutânea da doença produz manchas escuras na pele, daí a analogia. Já a palavra “antraz” é usada no meio médico para um outro mal, bem menos agressivo: uma forunculose provocada por estafilococos. A tradução mais apropriada seria “Carbúnculo”, uma enfermidade relativamente comum causada pelo Bacillus Anthracis aos rebanhos no interior do Brasil.
O criador do simpático e medroso cachorro Scooby Doo, personagem de desenhos animados, inspirou-se em Frank Sinatra para achar um nome para a sua criatura. Explica-se: o artista, um japonês, achou muito sonoro o floreio vocal de Sinatra ao final da música “Strangers in the night”, onde ele canta “Scooby Dooby Doo…”
Ao contrário do que possa parecer, a palavra judô significa, em japonês, “o jeito ou maneira gentil”. Explica-se: este esporte foi inventado por volta de 1882, quando um educador japonês, Jigoro Kano, inquietou-se com a violência do ancestral esporte ju-jitsu. Resolveu então cortar os movimentos mais perigosos e violentos, sobretudo os golpes com o pé, substituindo-os por outros mais “gentis”.
A terceira língua mais falada no mundo, depois do chinês e do inglês, é o desconhecido Hindi-Urdu. Nada menos que 333 milhões de pessoas falam o idioma na Índia e no Paquistão. O português ocupa o quinto lugar, com 175 milhões de falantes, depois do espanhol (266 milhões).
A expressão “O.K”, muito usada em língua inglesa e já transplantada em outras línguas, como o português, teria surgido entre os habitantes de Boston do século XIX a partir da grafia intencionalmente errada da expressão “all correct”. Usando as iniciais de “oll korrect”, evitava-se que a abreviatura ficasse “A.C.”, também usada para “alternating current”. Segundo Priscila A. Velloso, no livro “Oh, Dúvida Cruel”, a expressão tornou-se popular depois de usada na campanha presidencial de 1840 nos Estados Unidos.Já a professora Maria Thedim contribuiu com outra possível explicação: nos campos de guerra, após uma batalha, era fixado o número de mortos na “barraca hospital”: se fossem 15 mortos (15 Killed = 15 K), se fosse 0 mortos (0K= 0 Killed), então ninguém morreu, por isso tá OK! .
O http:// no início de quase todos os endereços da web significa Hyper text transfer protocol, ou seja, protocolo de transferência de hiper texto. E hiper texto? É um estilo de texto onde os usuários da internet podem clicar em um hiper link e serem transportados para outro site ou página da web. E hiper link? Bom, esse é o nome completo do que a gente chama apenas de “link”. E link? Link significa elo ou vínculo em inglês, mas em “internetês” é tudo que vira “mãozinha” com a chegada do cursor.
O nome dos dias da semana em português têm origem nas festas ou feiras romanas (ferias)–exceto pelo Sábado (do hebraico Shabbath) e Domingo (do latim “Dominicus”, ou dia do Senhor). Já a maioria das outras línguas homenageia planetas e corpos celestes, como a lua (Lunes, em espanhol), Marte (Mardi, em francês), Mercúrio (mercoledi, em italiano), e Saturno (Saturday, em inglês). Fonte: Deonísio da Silva, “De Onde Vêm as Palavras”, Ed. Siciliano.
O nome “agosto” é uma homenagem a Otávio Augusto César, sobrinho e sucessor de Júlio César. Foi ele quem sugeriu que se tirasse um dia do mês de fevereiro (o último no calendário romano, já que o ano começava em março) para evitar que o “seu” mês ficasse com apenas trinta dias –e conseqüentemente com um dia a menos do que Julho, o mês dedicado a seu tio e antecessor.
Não só o mês de julho tem sua origem em Júlio César. Após a morte do imperador romano em 44 a.C., os súditos lhe prestaram uma homenagem, tornando o nome César sinônimo de imperador. As palavras “czar” e “kaiser” também têm essa origem etmológica.
Segundo Robert Hendrickson, autor da Encyclopedia of Word and Phrase Origins, a palavra idiota (que tem cognatas em muitas línguas) nem sempre teve uma conotação negativa. Na Antiga Grécia, era usada com o sentido de prosador, ou alguém que escrevia em prosa. Assim, um escritor poderia ser poeta ou idiota.
O termo “nós” (em inglês knots), unidade que mede a velociadade de embarcações, surgiu da precariedade dos instrumentos navais na época do descobrimento das Américas. Sem outra opção, os marinheiros amarravam nós em uma corda em intervalos regulares. Com um pequeno peso na ponta, a corda era lançada ao mar. A velocidade com que os nós passavam pelas mãos de quem a segurava era registrada em nós/hora.
Um dos mais devastadores entre os 50.000 vírus já identificados pela International Computer Security Association é o Melissa, de 1999. Seu criador admitiu à polícia que deu o nome ao vírus em homenagem a uma stripper que havia conhecido em Miami. Diariamente, entre dez e quinze novos vírus são criados espalhados no mundo, infernizando a vida dos usuários de computadores.
A famosa frase de Fernando Pessoa “Tudo vale a pena se a alma não é pequena” provém de um poema chamado “Mar Portuguez” (na sua graia original com “z”), onde ele fala sobre o sofrimento daqueles que cruzaram o Atlântico da Europa para o Brasil à procura de uma nova vida nas Américas. Vale à pena ler o poema na íntegra, prestando atenção aos termos do português antigo, que às vezes mais parecem uma língua estrangeira.
Octobre, Oktober, October… em muitas línguas a palavra “outubro” deriva da palavra latina “octo”, que quer dizer oito. É que no calendário romano, outubro correspondia ao oitavo mês do ano, e não décimo, como é no calendário atual. É que o ano começava em março.
As letras que usamos no alfabeto moderno sofreram múltiplas alteraçãoes até hegarem à sua forma atual. A letra “m”, por exemplo, surgiu como “mem”, que no alfabeto fenício significava água e era representado a partir do hieroglifo egípcio de ondas do mar. Deu origem ao “mi” dos gregos e ao nosso “M”.
Embora seja verdade que menos de um quarto das palavras em inglês hoje tenha origem anglo saxônica, essas são as mais comuns e podem constituir até 90% das palavras utilizadas nas conversas cotidianas. Como se explica isso? É que as palavras mais comuns, como and, if, but, who, that, when, the, a, for, there and with são derivadas do idioma anglo saxão.
A palavra “bug” começou a ser utilizada em informática em 1945, quando uma mariposa conseguiu entrar num daqueles computadores enormes da base naval de virgínia, nos Estados Unidos, travando todo o sistema. Daí em diante, dizer que “há um bug no sistema” passou a ser sinônimo de qualquer tipo de falha ou erro. (Essa informação e páginas inteiras de outras curiosidades sobre os computadores e a internet vêm do encarte Odisséia Digital, um especial da Abril que vale a pena ser lido na íntegra).
URL, ou “endereço” na Internet, é uma sigla em inglês para “Uniform Resource Locator”, ou Localizador Uniforme de Recursos. Nenhum parentesco com HTML, apesar de ambas as siglas terminarem com a mesma letra: HTML significa Hyper text Markup Language.
As palavras “mamãe” e “papai” têm equivalentes tão semelhantes em outras línguas porque o “m” e o “p” são sons labiais e, consequentemente, os mais fáceis de produzir nos primeiros meses de vida dos bebês. A palavra “balbuciar” (em inglês, to babble, em francês, babiller, em italiano, balbettare e em espanhol balbucear) também advém do fato de, sendo o “b” igualmente um som labial, várias das tentativas de fala dos pequenos incluírem essa letra.
A primeira maneira que os seres humanos encontraram para mostrar a que quantidade estavam se referindo foi com os dedos das mãos. Assim, a palavra em latim para dedo, digitus, sobrevive até hoje no português e, de forma cognata, em várias outras línguas, na palavra “dígito” (com o sentido de algarismo).
A sigla SPAM, das malfadadas mensagens que a gente recebe por e-mail, seria uma abreviatura de Sending Particularly Annoying Messages. Isso quer dizer que, se traduzida, a sigla em português seria MMPI: Mandar Mensagens Particularmente Irritantes.Outra possibilidade é que o termo tenha saído de um quadro no seriado cômico o grupo Monty Python em que alguns vikings caricatos pedem repetidamente a marca norte-americana de presunto enlatado Spam.
 

 A palavra cinestesia e as traduções da Programação Neurolingüística

 

Cinestesia é uma percepção de movimento. É causada pela sensação em nosso ouvido
interno (labirinto) que nos dá uma sensação especial quando estamos nos
movimentando. Pode ser percebida claramente quando rodamos no mesmo lugar: nosso
labirinto continua a rodar quando paramos e ficamos com “o mundo girando”,
mesmo parados. O nosso labirinto se acostuma com movimentos cíclicos e isso
também justifica o fenômeno de “pernas de marinheiro” – quando ficamos um bom
tempo em um barco, ao saltar em um cais nós sentimos a terra firme oscilando.

Se você leu algo sobre PNL (Programação Neurolinguística)…

Na PNL a palavra cinestesia é utilizada com uma
outra acepção. Pode estar até errada, se pegarmos a definição do dicionário, mas
o pessoal usa porque as traduções dos livros de PNL foram muito mal-feitas…

Existe, em Inglês, o termo “synesthetics” que foi traduzido por “cinestesia”.
Mas a tradução correta é “sinestesia”, com o significado de “intropercepção”,
sentidos internos. São nossas sensações internas, do próprio corpo, reações
fisiológicas tais como as de “estômago embrulhado”,
retesamento muscular, tensão, relaxamento etc. O termo correto, em Fisiologia,
seria propriocepção.

Mas nenhum tradutor de livros de PNL adotou este termo, e sim cinestesia. Eles
entenderam que cinestesia, como é um tipo de propriocepção (sensação de
movimento corporal) poderia também ser estendida para todo tipo de sensação
corporal, incluindo as viscerais, musculares, esqueléticas e
neurológicas.

Assim, depois deste intróito prolixo, vou responder a sua pergunta, pressupondo
que os termos que você quer saber mais pertencem ao universo de estudo da PNL.

Cinestesia quer dizer “tudo o que é percebido fisiológicamente, exceto o sentido
da visão e audição”. Isto é, abrange o tato, olfato e paladar e também a
propriocepção própriamente dita. Lembre-se que a PNL distingue o sentido
objetivo e o sentido subjetivo (aquele apenas imaginado). Os sentidos subjetivos
podem ser também visuais, auditivos ou cinestésicos.

Poderíamos detalhar um pouco mais, dizendo que existem vários tipos de tato:
tato pressão, tato temperatura e tato dor. E que os sentidos de olfato e paladar
são estreitamente ligados neurológicamente. Mas isto fugiria um pouco de sua
pergunta. O principal talvez seria responder o que significa, em PNL, estar em
“um estado cinestésico”, ou “focar a cinestesia de uma situação”.

Estado cinestésico, em PNL, é aquele estado onde o indivíduo está intensamente
ligado ao que sente dentro de si mesmo, seja de maneira objetiva (o seu corpo, o
que cheira, toca, sua sensação de peso, temperatura, tensão muscular) ou
subjetiva (o que imagina neste tipo de percepção). Isto é, é aquele estado onde
sua consciência está precípuamente focada nas sensações proprioceptivas,
gustativas, olfativas e táteis. E focar a cinestesia significa orientar-se para
estes tipos de percepções, descurando dos aspectos apenas visuais e auditivos,
os mais costumeiramente no limiar da consciência.

Usa-se o desenvolvimento do “estado cinestésico” para se facilitar o contato com
o inconsciente e favorecer a intuição. Tudo isso em PNL, bem entendido.

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   Cinestesia, Cenestesia ou Sinestesia.

Para quem ouve, é uma só palavra.
A homofonia contudo, esconde conceitos diversos.

Sinestesia.
Trata-se de uma disfunção sensorial que dá ás pessoas – que dela sofrem ou beneficiam ? – a capacidade de simultaneamente processarem cognitivamente duas interpretações sensoriais, a partir de um único estímulo. Quer se trate da percepção associada de forma sistemática de um número a uma cor (sinestesia Grafia-Cor), ou o gosto doce do Azul, o mistério continua, sendo um campo de investigação da neuro-ciência, não ficando pelos exemplos apresentados, as formas pelas quais se manifesta.

Mais estranho ainda é o facto de que na primeira forma de sinestesia, os sujeitos experienciam diferentes cores para o mesmo elemento conceptual. Assim o 2 pode ser verde mas o “dois” amarelo. Mais estranho ainda é que os sujeitos, conseguem distinguir as cores em que o algarismo está impresso, mantendo ainda a percepção associativa.

Agora que deve ser fantástico saborear a cor azul e cheirar o perfume verde do 2..

Já a Cenestesia, é a consciência (senso-percepção) que temos do próprio corpo. É a representação consciente do próprio corpo, de sua posição, de seu movimento, de sua postura em relação ao mundo à sua volta e em relação ás suas diversas partes e segmentos. Esta consciência corporal é o refúgio de algumas pessoas, quando confrontadas com determinados estímulos psicológicos. É a característica Kinocinética da sua forma de responder ao estímulo. É um comportamento típico das crianças, quando inquiridas sobre um assunto pouco confortável para elas. Torcem invariávelmente as mãos, olhando cabisbaixas para os movimentos que fazem, balbuciando uma resposta.

Cinestesia já diz respeito à senso-percepção dos movimentos corporais em relação ao ambiente à sua volta. Esta percepção é muito fácilmente ilustrada, naquela frase….”é como andar de bicicleta”.
Outro exemplo é o que decorre do esforço de aprendizagem de um novo passo de dança ou a evolução numa determinada postura de Yoga. Em qualquer dos casos, o que fazemos é socorrermo-nos da nossa memória cinestésica, por forma a “pensar” o movimento e executá-lo. Após aprendizagem, precisamos apenas de visualizar mentalmente o mesmo movimento, até que ele se torna automático..e fácil.

Pesquisa identifica sinestesia onde pessoa ‘ouve’ imagens      DSC01897A nova Biblioteca de Alexandria   DSC00487    

A Biblioteca de Alexandria foi uma das maiores bibliotecas do mundo e se localizava na cidade egípcia de Alexandria. Considera-se que tenha sido fundada no início do século III a.C., durante o reinado de Ptolomeu II do Egito, após seu pai ter construído o Templo das Musas (Museum). É atribuída a Demétrio de Falero sua organização inicial. Uma nova biblioteca foi inaugurada em 2003 próxima ao sítio da antiga.

Estima-se que a biblioteca tenha armazenado mais de 400.000 rolos de papiro, podendo ter chegado a 1.000.000. Foi destruída parcialmente inúmeras vezes, até que em 646 foi destruída num incêndio acidental (acreditou-se durante toda a Idade Média que tal incêndio houvesse sido causado pelos árabes).

Conta-se que um dos incêndios da lendária biblioteca foi provocado por Júlio César. Em caçada ao seu inimigo de Triunvirato (formado por César, Pompeu e Crasso), Pompeu, César deparou com a cidade de Alexandria, governada na época por Ptolomeu XII, irmão de Cleópatra. Pompeu foi decapitado por um dos tutores do jovem Ptolomeu, e sua cabeça foi entregue a César juntamente com o seu anel. Diz-se que ao ver a cabeça do inimigo César pôs-se a chorar. Apaixonando-se perdidamente por Cleópatra, César conseguiu colocá-la no poder através da força. Os tutores do jovem faraó foram mortos, mas um conseguiu escapar. Temendo que o homem pudesse escapar de navio mandou incendiar todos, inclusive os seus. O incêndio alastrou-se e atingiu uma parte da famosa biblioteca.

A instituição da antiga biblioteca de Alexandria tinha como o principal objetivo preservar e divulgar a cultura nacional. Continha livros que foram levados de Atenas. Existia também matemáticos ligados à biblioteca, como por exemplo Euclides de Alexandria. Ela se tornou um grande centro de comércio e fabricação de papiros.

A lista dos grandes pensadores que frequentaram a biblioteca e o museu de Alexandria inclui nomes de grandes gênios do passado. Importantes obras sobre geometria, trigonometria e astronomia, bem como sobre idiomas, literatura e medicina, são creditados a eruditos de Alexandria. Segundo a tradição, foi ali que 72 eruditos judeus traduziram as Escrituras Hebraicas para o grego, produzindo assim a famosa Septuaginta.

Vista interior da biblioteca   DSC00469

Os grandes nomes da Alexandria antiga

Euclides: matemático, quarto século a.C. O pai da geometria e o pioneiro no estudo da óptica. Sua obra Os Elementos foi usada como padrão da geometria até o século XIX.

Aristarco de Samos: astrônomo, terceiro século a.C. O primeiro a presumir que os planetas giram em torno do Sol. Usou a trigonometria na tentativa de calcular a distância do Sol e da Lua, e o tamanho deles.

Arquimedes: matemático e inventor, terceiro século a.C. Realizou diversas descobertas e fez os primeiros esforços científicos para determinar o valor do pi (π).

Calímaco(c. 305-c. 240 a.C.): poeta e bibliotecário grego, compilou o primeiro catálogo da Biblioteca de Alexandria, um marco na história do controle bibliográfico, o que possibilitou a criação da relação oficial (cânon) da literatura grega clássica. Seu catálogo ocupava 120 rolos de pariro.

Eratóstenes : polímata (conhecedor de muitas ciências) e um dos primeiros bibliotecários de Alexandria, terceiro século a.C. Calculou a circunferência da Terra com razoável exatidão.

Galeno: médico, segundo século d.C. Seus 15 livros sobre a ciência da medicina tornaram-se padrão por mais de 12 séculos.

Hipátia: astrônoma, matemática e Filósofa, terceiro século d.C. Uma das maiores matemática, diretora da Biloteca de Alexandria e que foi assassinada.

Ptolomeu: astrônomo, segundo século d.C. Seus escritos geográficos e astronômicos eram aceitos como padrão.

A nova biblioteca

A atual biblioteca pretende ser um dos centros de conhecimento mais importantes do mundo. A estrutura, que tem o nome oficial de Bibliotheca Alexandrina, integra, para além da principal, quatro bibliotecas especializadas, laboratórios, um planetário, um museu de ciências e um de caligrafia e uma sala de congresso e de exposições.

A Biblioteca Tahan Hussein é especializada em cegos e invisuais, a dos Jovens é dedicada a pessoas entre os 12 e os 18 anos, a das Crianças é para quem tem entre seis e 12 anos, e a Multimédia está dotada com CD, DVD, cassetes áudio e vídeo, diapositivos e fotografias. Há ainda uma sala de microfilmes, uma de manuscritos e outra de livros raros.

Inicialmente, a ideia era dotar a biblioteca de oito milhões de livros, mas como foi impossível angariar essa quantidade ficou pela metade. Assim, foi dada prioridade à criação de uma biblioteca cibernética. No local estão ainda guardados dez mil livros raros, cem mil manuscritos, 300 mil títulos de publicações periódicas, 200 mil cassetes áudio e 50 mil vídeo. No total podem trabalhar na Biblioteca de Alexandria cerca de 3500 investigadores, que têm ao dispor 200 salas de estudo.

O telhado de vidro e alumínio tem quase o tamanho de dois campos de futebol, este teto da biblioteca é um disco com 160 metros de diâmetro reclinado, que parece em parte enterrado no solo. Ele é provido de clarabóias, voltadas para o norte, que iluminam a sala de leitura principal. Os espaços públicos principais ficam no enorme cilindro com o topo truncado, cuja parte inferior desce abaixo do nível do mar. A superfície inclinada e brilhante do telhado começa no subsolo e chega a 30 metros de altura. Olhando à distância, quando a luz do Sol reflete nessa superfície metálica, a construção parece o Sol quando nasce no horizonte. A entrada é pelo Triângulo de Calímaco, uma varanda de vidro triangular, assim chamada em homenagem ao bibliotecário que sistematizou os 500 mil livros da antiga biblioteca.

A sala de leitura tem vinte mil metros quadrados e é iluminada de forma uniforme por luz solar directa. Ao todo a biblioteca tem onze pisos, sete à superfície e quatro subterrâneos, sustentados por 66 colunas de 16 metros cada uma.

As paredes sem janelas revestidas a granito que sustentam a parte do círculo que fica à superfície têm incrustados os símbolos utilizados pela Humanidade para comunicar, como os caracteres dos alfabetos, notas musicais, números e símbolos algébricos, códigos das linguagens informáticas, etc.

O projecto da biblioteca é da autoria de uma firma de arquitectos noruegueses, a Snohetta. A construção demorou sete anos, mas a ideia nasceu em 1974. Os principais financiadores da instituição foram a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e o governo egípcio e o custo total da obra rondou os 200 milhões de euros.

A reconstrução da famosa Biblioteca de Alexandria resultou numa estrutura de forma incomum. A construção principal da Biblioteca Alexandrina, como agora é oficialmente chamada, parece um gigantesco cilindro inclinado.

A ampla fachada do cilindro central, de granito cinza, tem letras de alfabetos antigos e modernos. Dispostas em fileiras, as letras representam apropriadamente as bases fundamentais do conhecimento.

A maior parte do interior do cilindro é ocupada por uma sala de leitura aberta, com o piso em vários níveis. No subsolo há espaço suficiente para 8 milhões de volumes. Há também espaços reservados para exposições, salas de conferências, biblioteca para cegos e um planetário — uma estrutura esférica, à parte, que lembra um satélite. Esse prédio moderníssimo inclui ainda sistemas sofisticados de computadores e de combate a incêndios.

 Uma biblioteca à altura do seu passado

A biblioteca reconstruída foi aberta ao público em outubro de 2002, e contém por volta de 400 mil livros. Seu sofisticado sistema de computadores permite ainda ter acesso a outras bibliotecas. A coleção principal destaca as civilizações do Mediterrâneo oriental. Com espaço para 8 milhões de livros, a Biblioteca de Alexandria procura realçar ainda mais a importância dessa cidade antiga.

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08/08/2008
 
Uma pesquisa realizada pelo California Institute of Technology, nos Estados Unidos, identificou um novo tipo de sinestesia, em que pessoas “ouvem” aquilo que estão vendo. 

A sinestesia é uma condição neurológica benigna em que o indivíduo associa impressões percebidas por sentidos diferentes. Há casos em que a pessoas associa cores a palavras. Outras associam cores a números ou letras, ou sentem gostos quando tocam objetos.

Esse tipo de sinestesia – que os cientistas acreditam ser rara – foi descoberta quando um aluno da pesquisadora Melissa Saenz disse estar ouvindo sons vindos de um protetor de tela em um computador. Depois de fazer algumas perguntas ao estudante, a pesquisadora se deu conta de que a vivência do aluno se encaixava nos critérios da sinestesia. O fenômeno ocorrera durante toda a sua vida e acontecia com várias imagens em movimento.

Além do aluno, Saenz também verificou que mais duas ou três pessoas, dentre centenas de voluntários, ouviam sons, como batidas, zumbidos e chiado quando olhavam as imagens do protetor de tela.

Para comprovar se realmente se tratava de sinestesia, a pesquisadora fez testes com os indivíduos que supostamente tinham a condição e também com um grupo de voluntários neutros.

Ambos os gupos ouviram várias séries de sons, sempre aos pares, e observaram seqüências complexas de imagens em movimento, também aos pares. O objetivo era saber se as seqüências de sons e de imagens eram idênticas.

Estudos anteriores mostram que padrões sonoros são mais fáceis de identificar e, de fato, ambos os grupos acertaram 85% dos testes sonoros. No entanto, quando fizerem os testes com imagens, os indivíduos que tinham sinestesia tiveram um índice de acertos de 85%, enquando o outro grupo acertou apenas 55% dos testes.

A neurologista Julia Simner, que faz pesquisas sobre sinestesia na University of Edinburgh, na Escócia, disse que algumas formas da condição são mais comuns do que outras. Segundo Simner, é comum encontrar pessoas que tem um tipo inverso de sinestesia, ou seja, vêem cores quando ouvem música.

Notícia retirada da fonte:  BBC Brasil

Por Celso Lugão

Especializações em PSICOLOGIA CLÍNICA E HOSPITALAR. Exerce ATIVIDADE CLÍNICA fazem mais de 30 anos, tendo criado sua abordagem particular de PSICOTERAPIA ESTRATÉGICA. Possui MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL PELA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Atualmente é professor do INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UERJ tendo criado o setor de PSICOTERAPIA ESTRATÉGICA NO SPA DA UERJ EM 1988 e desde então atua como SUPERVISOR desta abordagem. Participou de forma intensiva do PROCESSO DE VALIDAÇÃO DA HIPNOSE como TÉCNICA PASSÍVEL DE SER UTILIZADA PELO PSICÓLOGO, fato este reconhecido pela SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPNOSE e pela SOCIEDADE DE HIPNOSE E MEDICINA DO RIO DE JANEIRO. Possui experiência em várias áreas da psicologia, a saber: EPISTEMOLOGIA DAS PSICOTERAPIAS (DESENVOLVIMENTO DE REFERENCIAIS EPISTEMOLÓGICOS E CLÍNICOS; ESTUDO DAS PERSPECTIVAS ESTRATÉGICA, ESTRUTURAL E SISTÊMICA EM RELAÇÃO AO INDIVÍDUO E A FAMÍLIA) ; PSICOLOGIA CLÍNICA E HIPNOLOGIA (TRANSDUÇÃO DA INFORMAÇÃO MENTE-CORPO, PSICOIMUNOLOGIA, TÉCNICAS HIPNÓTICAS, CORPORAIS, PSICODRAMÁTICAS E ESTADOS ALTERADOS DA CONSCIÊNCIA); TANATOLOGIA (MORTE, LUTO E SEPARAÇÕES); PROCESSOS DISSOCIATIVOS (TRAUMA, DISTÚRBIO DISSOCIATIVO DA IDENTIDADE, SÍNDROME DO STRESS PÓS-TRAUMÁTICO, SÍNDROME DO PÂNICO, SUICÍDIO, DROGADICÇÃO, PSICOSES); E ASPECTOS PEDAGÓGICOS DA SUPERVISÃO (TREINAMENTO, INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO ). (Text informed by the author)

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